Profissionais médicos e de outras áreas do Hospital Geral Roberto Santos (HGRS) tiveram nesta segunda-feira (24) uma ampla apresentação do novo sistema para visualização de imagens e laudos, que está sendo implantado e permitirá o acesso a partir dos computadores instalados em diversos locais do hospital. Serão, ao todo, 22 pontos de acesso, dos quais 16 já estão instalados, e o novo sistema trará redução de custos, otimização do trabalho das equipes e agilização da assistência ao paciente.

A apresentação do PACS (Picture Archiving and Communication System – Sistema de Comunicação e Arquivamento de Imagens) foi presidida pela coordenadora médica do Setor de Bioimagem, Cristiane Possobom, e pelo diretor médico Miguel Andrade Mota, e conduzida por três executivos da empresa Telemedicina da Bahia, responsável pela implantação do sistema na Rede Sesab: o diretor, engenheiro Jacques Delisle, o consultor Paulo Ungar e o analista de suporte Leandro Cabral. Serão dois programas: o Eclipse Radiology, para configuração e armazenamento de memórias, e o Alma, para digitalização de laudos.

Segundo Cristiane, o sistema permite que imagens de ressonância e tomografia sejam acessadas imediatamente após o término do exame pelos profissionais interessados em qualquer um dos pontos de rede. “A telemedicina já funciona na bioimagem, mas o acesso mais amplo diminuirá custos com pessoal, já que não será necessário um funcionário para levar e buscar laudos, e com a impressão de películas, que é o fator que mais encarece os exames”.

Ela listou várias outras vantagens, como a própria segurança dessas películas, que se perdem com o manuseio por parte de diferentes profissionais e se estragam com o tempo – o que também acontece com os laudos. Com o novo sistema, laudos e imagens ficam arquivados e não correm o risco de extravio ou desgaste.

“É uma ferramenta de fundamental importância, porque a informação é essencial para discussões entre as equipes multidisciplinares voltadas para a assistência à saúde, visando a diagnósticos precoces e ações terapêuticas”, disse o diretor médico do HGRS.

Dentre os pontos da rede exclusiva para funcionamento do sistema, já estão prontos os situados nas UTIs e SemiUTIs, Emergência e Centro Cirúrgico. “Já estamos chegando ao fim da instalação básica”, explicou Leandro Cabral. O motivo de o sistema contar com uma rede exclusiva, observou, é uma questão de segurança, para não congestionar a rede de serviços. “Como vamos lidar com imagens, os arquivos são pesados, chegando a ter até 100 megas, e isso representaria risco para os demais serviços”.

Sobre o PACS
O PACS é um sistema voltado para a digitalização, pós-processamento, distribuição e armazenamento de imagens médicas, permitindo a substituição dos filmes radiográficos pelas imagens em formato digital, além do acesso remoto às imagens, agilizando a confecção de laudos e permitindo a participação de outros profissionais no processo de decisão de terapêuticas.

Também permite a ampliação dos métodos de diagnóstico: os visualizadores de imagens médicas podem executar funções como zoom, janelamento, uso de paletas de cores, medições, fusão de imagens de tomografia com outras de exames de medicina nuclear e reconstruções tridimensionais de ossos e tecidos.