A mobilização contra a dengue não para na Bahia e, a fim de combater ainda mais o mosquito Aedes aegypti, a Secretaria Estadual da Saúde (Sesab), a Fundação Luís Eduardo Magalhães Flem) e prefeituras municipais estão capacitando líderes comunitários de dez municípios, que apresentaram maior risco de adquirir a doença, entre estes, Salvador. O objetivo é combater a dengue nas comunidades.

Por meio do projeto de Mobilização Social para Prevenção e Controle da Dengue na Bahia, os articuladores têm como papel principal mobilizar os moradores das comunidades sobre os cuidados que devem ter para evitar o foco do mosquito.

De acordo com a coordenadora do projeto, Cristina Mota Leal, os articuladores são voluntários atuantes em suas comunidades. Durante a capacitação, eles conhecem o projeto de mobilização social e tiram dúvidas sobre a dengue e o Aedes aegypti. Também formulam planos de ação, com estratégias para mobilizar a população do bairro contra a doença.

Além de Salvador, a ação, integrada à campanha nacional do Ministério da Saúde, envolve nove municípios baianos: Feira de Santana, Guanambi, Irecê, Itabuna, Ilhéus, Jequié, Porto Seguro, Senhor do Bonfim e Teixeira de Freitas. Juntos, os municípios vão capacitar 500 articuladores. Cada município definiu dez bairros para serem beneficiados com o projeto, totalizando 100 comunidades. Na capital baiana foram definidos os bairros de Alto do Cabrito, Canabrava, Itacaranha, Fazenda Coutos e Periperi, Liberdade, Curuzu, Mata Escura, Tancredo Neves e Sussuarana.

“Estes municípios e bairros foram definidos a fim de continuarmos a reduzir o número de casos de dengue no estado baiano. Temos como exemplo, o que ocorreu em 2010, quando o estado registrou uma redução de 56,3% nos casos de dengues em relação ao mesmo período de 2009”, detalhou a Enfermeira do Grupo Técnico da Dengue da Sesab, Zilda Torres.

Durante a oficina, os articuladores também foram capacitados para utilizar o Sistema de Informação da Mobilização Social (Sismob), disponibilizado pela Sesab e desenvolvido pela Flem especialmente para esse trabalho. Trata-se de uma plataforma digital onde eles irão inserir cada ação realizada – faxinaços, caminhadas e palestras. As ações serão automaticamente computadas gerando uma espécie de ranking.

“Se todos se unirem contra a dengue com certeza vamos combatê-la. Ao longo deste curso, percebi que as pessoas não têm conhecimento sobre a doença e de como evitá-la. Por isso, temos que nos unir e conscientizar os vizinhos e amigos sobre a dengue”, afirmou o líder comunitário Aloísio Silva, 70 anos.