A burocracia em contratos e convênios que envolvam pesquisa científica e tecnológica, além da inovação, precisa ser combativa para fortalecer o sistema de CT&I na Bahia. Esta foi uma das principais conclusões da reunião ocorrida nesta terça-feira (25), no gabinete da Reitoria da Universidade Federal da Bahia (Ufba), entre o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação, Feliciano Tavares Monteiro, e a reitora Dora Leal Rosa.

“Muito da burocracia está ligado ao desconhecimento em relação ao funcionamento da pesquisa científica, que não pode ter parâmetros iguais aos de fornecedores de produtos e serviços do Estado”, afirmou o secretário. Ele propôs que fossem realizados estudos para mudar o formato atual e que isso fosse apresentado não só às esferas do Executivo, mas também ao Legislativo da Bahia.

“Infelizmente, isso gera entraves à pesquisa na Bahia em relação aos outros estados. Temos o modelo do governo federal para seguir, que já contempla essa diversidade”, avaliou a reitora. A ideia é formatar uma legislação específica na contratação de CT&I para o estado.

No encontro, também foi apresentada a proposta de um convênio para que a Ufba se torne parceira pedagógica nos centros vocacionais tecnológicos territoriais (CVTTs). O trabalho conjunto deve acontecer especialmente nos centros e terá foco na construção civil, setor que tem sofrido com a carência de mão-de-obra qualificada.

Antes do início da reunião, o secretário teve uma breve conversa com o embaixador da Itália no Brasil, Gherardo Francesca. Acompanhado do cônsul na Bahia, Giovanni Pisanu, o diplomata estava no gabinete da reitora para apresentar, entre outras coisas, uma prévia da programação do Ano da Itália no Brasil, que deve começar em 15 de outubro.

Monteiro convidou o embaixador para conhecer projetos baianos de ciência e tecnologia.