As operações de desembarque nos três principais aeroportos da Bahia registraram um crescimento de 14% em 2010, em comparação com o ano anterior. De acordo com dados da Infraero, que administra os terminais de Salvador e Ilhéus, e a Sinart, que opera o aeroporto de Porto Seguro, 4 milhões de passageiros desembarcaram em território baiano no ano passado.

A maior variação positiva foi verificada em Porto Seguro (27%), com 555 mil desembarques em 2010 ante 436 mil do ano anterior. Salvador alcançou 3,2 milhões de operações, o que representa um crescimento de 11%. Ilhéus teve uma alta de 18%, com 207 mil passageiros desembarcados no Aeroporto Jorge Amado, em todo o ano passado.

Os desembarques originados de voos charters internacionais, por sua vez, cresceram 114%, saindo de 8,6 mil, em 2009, para 19 mil, em 2010.

O secretário de Turismo, Domingos Leonelli, comemora os números e espera que o movimento nos aeroportos do estado cresça ainda mais este ano. Para 2011, o titular da Setur aposta ainda no crescimento da aviação regional. “O governo baiano editou uma medida para fortalecer os voos regionais e, com isso, esperamos que, além de Porto Seguro e Ilhéus, municípios como Vitória da Conquista, Bom Jesus da Lapa e Barreiras também sejam beneficiados, o que significa bons resultados não só para o turismo como para toda a cadeia produtiva da economia baiana”, explica.

O decreto que permite redução do ICMS no querosene de aviação na Bahia está em vigor desde o primeiro dia deste ano. Os descontos serão concedidos de acordo com o número de localidades atendidas por companhias aéreas regionais no Estado. Para as empresas que operam em quatro cidades, por exemplo, o imposto será reduzido de 18% para 10%. As que atuam em cinco cidades contarão com uma redução ainda maior: passa de 18% para 7% e, para as empresas que operam em seis ou mais cidades, o imposto será de 4%.

A medida foi recebida com entusiasmo pela Associação Brasileira das Empresas de Transporte Aéreo Regional (Abetar). A entidade estima que o custo das companhias aéreas com a aquisição de combustível chega a 30% das despesas totais das empresas.