Criada em 1915, a Empresa Gráfica da Bahia (Egba) comemorou, nesta quinta-feira (10), 95 anos de fundação. Localizada no bairro de Fazenda Grande do Retiro, a responsável pela editoração e impressão do Diário Oficial do Estado é considerada uma das quatro maiores imprensas oficiais do País.

Durante a solenidade, que contou com a presença do assessor geral de Comunicação do Estado, Robinson Almeida, foi lançada a edição fac-similar do Diccionário de Termos Graphicos, primeira obra dessa especialidade em idioma português. A obra de autoria do gráfico Arthur Arezio da Fonseca, publicada em 1936, foi recupera pelo jornalista Luis Guilherme Pontes Tavares, membro do Núcleo de Estudos da História dos Impressos da Bahia (Nehib). “Ele foi o pioneiro na construção de um documento que serviria depois para a identificação de toda uma terminologia da profissão de artes gráficas”. O produtor editorial revelou ainda que o material foi publicado em 1936 no estado e na imprensa oficial local.

O conjunto – dicionário e publicação que o acompanha – foi entregue à Seção de Documentação da Egba para compor seu acervo, agora ainda mais valioso. Ambos podem ser encontrados ainda nas bibliotecas da Associação Baiana de Imprensa (ABI), das universidades estaduais, na capital e no interior, no Instituto Geográfico e Histórico da Bahia e na Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia (Ufba).

Empregados da Egba, autoridades, jornalistas e intelectuais participaram do evento, que marcou a entrega solene do dicionário e da publicação, que contam a história da obra e de Arthur Arezio, objeto de estudo do jornalista. Os convidados também puderam conferir a performance musical de estudantes do Colégio Estadual Natália Vinhais, trabalho artístico e cultural desenvolvido pelo líder comunitário Edilson Bispo, com o apoio da Egba. “Estou muito feliz por estar aqui hoje. A empresa abriu as portas para a comunidade demonstrando cidadania. Essa parceria tem beneficiado a muitos jovens e adolescentes de nossa comunidade”, afirmou Bispo.

O assessor-geral de Comunicação, Robinson Almeida, avaliou o avanço tecnológico que impulsionou a mídia baiana e acelerou transformações e inovações tecnológicas na comunicação. “Quase um centenário de serviços prestados à informação, que carrega a tradição e o pioneirismo da imprensa oficial. A Egba cumpre um papel social importante se relacionando com a comunidade do entorno. E se prepara para esse mundo digitalizado, onde se muda a forma de apresentação dos conteúdos informativos, mantendo-se moderna e atual para os desafios contemporâneos”.

Dedicação 
O diretor-geral da Egba, Luiz Gonzaga Fraga, ressaltou que a longevidade e o sucesso da Empresa Gráfica da Bahia se devem a dedicação de funcionários que ao longo desses 95 anos trabalharam com zelo e com transparência de informação. A aceleração das transformações e inovações levou ao uso da convergência de mídias. “O Diário Oficial é o nosso carro-chefe e nossa imprensa é uma das mais modernas do Brasil. Hoje, difundimos os conhecimentos para outros estados e outros países em encontros anuais de imprensas oficiais das Américas”.

DOE 
O Diário Oficial do Estado é composto por cinco cadernos – o do Executivo, o da Assembleia Legislativa da Bahia (feito em parceria com o Legislativo para divulgar as decisões e trabalhos dos deputados), o dos Municípios (produzido em convênio com a União dos Municípios da Bahia – UPB), Licitações, Judiciário, Diversos, além do noticiário feito pela Agecom. A Egba imprime também o Diário do Município, com as notícias da Prefeitura e da Câmara de Vereadores de Salvador, e, periodicamente, alguns jornais especiais. Consta ainda do portfólio da empresa, impressão off-set e digital de livros, jornais, revistas, folders, cartões, cartazes, contracheques, contas de consumo (água, luz, telefone) e outros produtos, além de oferecer serviços de microfilmagem e digitalização, guarda de documentos e clipping.