As secretarias estaduais da Agricultura dos estados da Bahia e Sergipe, por meio de suas agências de Defesa Agropecuária (Adab e Emdagro), discutiram, nesta segunda-feira (7), em Salvador, as ações do Termo de Cooperação Técnica para assegurar a sustentabilidade das culturas dos citros, da banana, do coco e da palma forrageira dentro do Programa de Sanidade Vegetal. A meta é implementar estratégias para o fortalecimento dos sistemas de vigilância e fiscalização do trânsito de vegetais nas duas unidades federativas, garantindo o status fitossanitários da Bahia e Sergipe naquelas atividades agrícolas.

A produção de citros nos dois estados representa o segundo polo de citricultura nacional, com área plantada de aproximadamente 110 mil hectares, dos quais 80% cultivados pela agricultura familiar, apontando o forte apelo socioeconômico e cultural para os produtores baiano e sergipano. Dentre as ações bilaterais previstas no Termo estão a reestruturação e adequação das Barreiras Sanitárias para controle do trânsito e a implementação de um sistema de informação integrado que permita o fluxo de comunicação entre Bahia e Sergipe. A implantação de um sistema de produção de mudas de citros em ambiente protegido, com vistas à certificação fitossanitária, também faz parte do Acordo Bilaterial, que estabelece ainda a capacitação continuada de agentes envolvidos no trabalho da defesa agropecuária, produtores e lideranças comunitárias.

Outra ação de destaque é o fomento ao controle biológico de pragas quarentenárias impeditivas de exportação. Para esta finalidade, o Termo prevê a criação de inimigos naturais, utilizando as instalações já existentes da Biofábrica Moscamed Brasil. Também será realizado um georeferenciamento de todas as propriedades com exploração agrícola, inclusão dos cadastros em base digital e registro do uso de agrotóxicos. “A expectativa dos Estados é abrir um canal permanente de comunicação entre o Serviço Oficial de Defesa Agropecuária e o setor produtivo para alcançar o êxito das ações definidas no Termo de Cooperação”, explica o diretor de Defesa Sanitária Vegetal, Armando Sá.