Programação especial com o ritmo da percussão animará o Carnaval no Pelô

O Carnaval de Salvador deste ano terá como tema a percussão, em homenagem aos músicos Válter Aragão França, o ‘Mestre Prego’, e Antonio Luís de Souza, o ‘Neguinho do Samba’, dois ícones da musica baiana, reconhecidos pelo trabalho com instrumentos percussivos. Para deixar a folia ainda mais animada e com o jeito e o ritmo dos tambores, agogôs, berimbaus, xequerês e timbales, uma programação especial foi preparada para os cinco dias de folia no Pelourinho, no Centro Histórico de Salvador.

O Carnaval do Pelô é promovido pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Cultura (Secult), do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (Ipac) e do Programa Pelourinho Cultural, que aplicará na festa investimento superior a R$ 1,6 milhão.

Muitas novidades estão sendo preparadas para a programação que será aberta oficialmente na noite do próximo dia 3 março, a partir das 21h, com a participação de 77 percussionistas. O show inédito, intitulado ‘Batuque no Pelô’, reunirá bandas de percussão que vão agitar 14 ruas do Pelourinho, totalizando 2,4 mil metros de trajeto.

Segundo o percussionista Bira Reis, o primeiro grupo composto por 17 participantes vai se apresentar nas sacadas dos antigos casarões. Logo depois, se unirão com outras bandas, como Didá, Meninos do Pelô e Filhos de Gandhy. Ele lembra que a programação de abertura possibilitará o encontro de três gerações de percussionistas baianos, com as mais diversas influências musicais e culturais, desde o ritmo do Candomblé, passando pelo jazz, MPB, o samba-reggae e a música experimental.

Para o músico Anderson Silva, filho de ‘Neguinho do Samba’ – criador do ritmo samba-reggae e um dos fundadores da escola de percussão do Olodum e da banda Didá -, a homenagem é uma maneira de reconhecer o trabalho realizado pelo percussionista, que por meio de suas composições apresentou a cultura baiana ao mundo. “Meu pai sempre lutou pela valorização da percussão e acreditou muito no samba-reggae. Estou muito feliz por estar aqui hoje participando desta homenagem. A percussão afro-baiana cresceu muito. Hoje, em qualquer lugar do mundo, é possível ouvir este ritmo que é só da Bahia”.

As bandas já estão ensaiando para fazer bonito durante a folia que deve reunir cerca de 500 mil pessoas nos cinco dias de Carnaval. A diretora do Programa Pelourinho Cultural, Simone Reis, afirma que baianos e turistas podem escolher uma das quatro praças do Centro Histórico (Tereza Batista, Pedro Archanjo, Quincas Berro D Água e a do Reggae) ou optarem por ficar no Largo do Pelourinho. Segundo ela, a programação está bastante diversificada e inclui a apresentação de bandinhas, perfomances, blocos, além de atrações infantis. “Não temos aqui os grandes trios, mas contamos com muita diversão e tranquilidade para as famílias”.

Toda esta alegria terá como cenário a decoração temática especial homenageando a percussão baiana. As peças que imitam a forma e a volumetria dos instrumentos percussivos já estão nas ruas. A decoração é assinada pelos artistas plásticos Ray Vianna e João Teixeira. Vianna explica que a inspiração surgiu dos próprios elementos da percussão. As 1.800 peças decorativas ganharam formatos dos instrumentos e estão posicionadas nas ruas, da mesma maneira que os aparelhos percussivos num palco.

Central de Imprensa 
Profissionais das emissoras de rádio, TV, blogs, sites, revistas ou jornais impressos, de veículos de comunicação locais, nacionais e internacionais, terão uma Central de Imprensa no Pelourinho, especialmente para atendê-los. A central está sendo instalada em um casarão de três andares no Largo do Pelourinho (Praça José de Alencar), nº12, em frente à igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos.

A Central de Imprensa terá infraestrutura completa para jornalistas, fotógrafos, cinegrafistas e outros profissionais de comunicação, entre os dias 3 e 8 de março, sempre das 10h às 24h. Para ter acesso ao local basta apresentar identificação profissional atualizada ou credencial do veículo de comunicação para o qual trabalha. As salas dispõem de computadores, acesso à internet, linhas telefônicas, mapas de localização do CHS, programas para edição de fotos, sanitários e local de descanso com serviço de café e água.