A balança comercial do estado registrou superávit de US$ 72,3 milhões em janeiro, embora 78% inferior ao mesmo mês de 2010. A corrente de comércio exterior do estado chegou a US$ 1,13 bilhão, com queda de 12,6% ante 2010. Também as vendas ao Mercosul cresceram 15,3%, segundo dados da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria do Planejamento do Estado (Seplan).

A SEI também informa que as exportações baianas alcançaram US$ 601,1 milhões em janeiro, registrando uma queda de 25,7% em relação a igual mês do ano passado, provocada, sobretudo, pela redução nos embarques de derivados de petróleo, produtos petroquímicos e automóveis.

As expansões no mês restringiram-se aos produtos do agronegócio (celulose, soja, café e algodão) e minerais (ouro e níquel). Esses produtos, apesar da redução nos embarques, mantiveram alta nos preços, o que leva a crer que o comércio exterior baiano será muito dependente da performance das commodities neste ano.

A redução de 43,2% no volume físico embarcado influenciou diretamente o resultado do mês, uma vez que os preços médios dos produtos exportados acusaram elevação de 30,8%, comparados a janeiro de 2010. “Em sua maioria, os preços das principais commodities agrícolas negociadas pelo estado no exterior confirmaram as expectativas e permaneceram em patamares elevados, em janeiro, ainda sustentados por demandas, em geral, firmes, restrições ou ameaças às ofertas do produto, dólar fraco e forte interesse de grandes fundos de investimentos nesses mercados”, explica o coordenador de Comércio Exterior da SEI, Arthur Souza Cruz.

As importações não deram sinal de desaceleração e atingiram US$ 528,8 milhões, 9,4% acima de igual mês do ano anterior. Impulsionadas pelo câmbio favorável e pelo aumento da atividade econômica, elas foram substancialmente maiores, principalmente, entre os fertilizantes, o minério de cobre, veículos, combustíveis e produtos eletrônicos.

Dentre os principais mercados, uma das maiores quedas nas vendas foi para a China, segundo maior parceiro comercial da Bahia e maior comprador de commodities do estado. O país importou 43% a menos em janeiro (US$ 67,4 milhões) em relação ao mesmo mês de 2010. A UE, que como bloco econômico, lidera o destino das vendas externas baianas, registrou queda de 11,7%, além dos EUA, principal mercado para os produtos baianos, que comprou 32% menos.