Projeto de inclusão profissional de jovens conquista prêmio nacional

O projeto Educar para Construir, viabilizado pelo governo baiano, conquistou um prêmio nacional concedido pelo Fundo Itaú de Excelência Social – o Fies 2010 -, concorrendo com 278 projetos de todo o Brasil na categoria Educação para o Trabalho. A iniciativa já capacitou 1,7 mil estudantes de Salvador, nas áreas de construção civil e esporte, e apresenta taxa de empregabilidade superior a 75%.

A ação é uma parceria da Secretaria de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza (Sedes), por meio do Programa Jovens Baianos, com a ONG Cooperação para o Desenvolvimento e Morada Humana (CDM). No valor de R$120 mil, o prêmio viabilizará a criação de duas turmas que serão formadas profissionalmente na área administrativa voltada para a construção civil. Os beneficiados do projeto são jovens, com idade de 16 a 24 anos, matriculados na rede pública e oriundos de famílias atendidas pelo programa Bolsa Família. Eles também ganham uma bolsa como ajuda de custo.

“É fundamental criar iniciativas que levem em conta os jovens em situação de vulnerabilidade social e que almejam mudança nas suas vidas”, afirma o secretário Carlos Brasileiro. Para ele, o prêmio – o terceiro recebido pelo projeto em quatro anos de atividade – confirma a excelência do trabalho e os resultados obtidos.

Segundo o coordenador do Programa Jovens Baianos, Glauco Chalegre, atualmente 400 jovens participam do ‘Educar para Construir’. O ciclo de qualificação dura um ano. São cinco meses voltados para capacitação teórica e sete reservados à experiência prática em empresas. Os jovens entre 18 e 24 anos são qualificados nas áreas de pedreiro, pintura, elétrica, hidráulica, carpintaria, almoxarife e desenho AutoCad. Para os que têm idade de 16 a 17 anos, a ação é focada em práticas esportivas.

Parceria com o governo

O coordenador executivo e financeiro da CDM, Heli Mansur, diz que a parceria com o governo é imprescindível para o alcance dos resultados, tanto no aporte de recursos quanto para a maior credibilidade do projeto. “Isso reflete diretamente na dimensão política de sustentabilidade, que é importante para a captação de parceiros de outras organizações e da iniciativa privada, por meio das empresas que contratam os jovens, primeiramente como aprendizes, e depois como funcionários efetivos”, disse.