A maior festa de rua do planeta conta com atrações nacionais e internacionais, com o apoio da Secretaria de Cultura do Estado, que oferece uma programação plural para o folião pipoca. Além da diversidade de ritmo, o governo baiano leva em conta o fato de que dos 478 mil residentes de Salvador que pulam o Carnaval, 58,9% são pipoca.

O Carnaval Ouro Negro também garantiu a festa para o folião nos dois primeiros dias da folia. No Circuito Osmar (Campo Grande), na quinta-feira (3), noite de abertura oficial dos festejos, e na sexta (4), o desfile das diversas entidades levou às ruas do centro de Salvador milhares de baianos e turistas do Brasil e do exterior.

Blocos afros como o Olodum, A Mulherada, Banda Didá, Bankoma e Cortejo Afro levaram a estética africana em fantasias e nas músicas, mas foram os blocos de samba que deram o tom nos dois dias primeiros dias de Carnaval.

No dia da abertura, considerado a ‘quinta-feira do samba na avenida’, o ritmo mais popular do País foi defendido por entidades como o ‘Alerta Geral’, ‘Amor e Paixão’, ‘Pagode Total’ e ‘Proibido Proibir’, que possibilitaram a conexão entre sambistas baianos e do eixo Rio-São Paulo, para alegria dos amantes do ritmo.

Na sexta-feira, os sambistas voltaram à avenida para acompanhar o desfile dos blocos ‘Saudade é folia’, ‘Q Felicidade’, ‘Reduto do Samba’, ‘Soweto’, além do mais antigo bloco de samba do Carnaval baiano, ‘Alvorada’.

Celebrando 36 anos de pioneirismo, o bloco apresentou uma seleção de artistas populares, proporcionando uma madrugada de alegria para quem curte o mais brasileiro dos ritmos musicais.

No Circuito Batatinha (Pelourinho), as atrações nos dois primeiros dias foram variadas, com muito samba, reggae, percussão e até o popular ‘arrocha’, representado pelos cantores Pablo e Nira Guerreira, atrações do percussivo Mutantes.

No Batatinha fica evidente o trabalho social realizado pelos blocos de matriz africana, que trazem jovens de bairros da periferia da cidade como atrações principais dos desfiles, seja na percussão, no canto, nas alas de dança ou mesmo como animados foliões. O bloco afro ‘Relíquias Africanas’, do bairro de Pirajá, trouxe como atração o único artista cadeirante do Carnaval, o cantor e compositor Marcílio J., que comandou os foliões com muito samba reggae.

Muitas atrações
Considerado um dos circuitos de maior sucesso deste ano, o Carnaval do Pelourinho contou com um grande show de abertura que reuniu 15 percussionistas baianos. Nomes importantes da música percussiva fizeram o espetáculo em um cenário que ganhou decoração em homenagem ao Mestre Prego e Neguinho do Samba, dois dos grandes destaques do cenário musical baiano.

O Pelourinho Cultural, programa do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (Ipac), estima que cerca de 200 mil pessoas passaram pelo Carnaval do Pelourinho 2011 nos dois primeiros dias da festa. A previsão é que durante os cinco dias, o público totalize 500 mil pessoas circulando naquela área do Centro Histórico de Salvador.

Com total de 95 atrações, o Carnaval do Pelô 2011 contabiliza até a madrugada do sábado (5), 61 apresentações. Até o final da festa no Pelourinho, na terça-feira (8), deverão se apresentar mais 34 atrações artísticas. São shows de grandes bandas, artistas e grupos famosos, dentre eles, Baiana System com Pepeu Gomes, Retrofoguetes, Mariene de Castro, o cantor Otto, as bandas Diamba e Didá, além do Carnaval Infantil na Praça das Artes, que começa sempre às 13h. As outras atrações ocorrem sempre das 16h às 2h da madrugada.

O investimento do Governo da Bahia no Carnaval do Pelô é de R$ 1,6 milhão, apenas para a programação e operação artística, som, iluminação e decoração da área, sem incluir os recursos destinados aos setores da saúde, segurança e infraestrutura urbana. Esse ano a festa conta com o patrocínio do Governo Federal, por meio do Banco do Brasil, além das empresas públicas baianas Bahiagás e Embasa.

Carnaval Ouro Negro
O desfile do bloco afro ‘Okanbí’, na noite desta segunda-feira (7) e na terça (8), no circuito Osmar (Campo Grande) será um dos destaques. O Grupo vem do Engenho Velho de Brotas e este ano convidou duas revelações da música negra atual para animar o seu desfile.

O grupo de RAP baiano ‘Opanijé’, que mistura samplers e batidas eletrônicas ao som de berimbaus, instrumentos percussivos e cânticos do candomblé, e a cantora brasiliense Ellen Oléria, que traz, em sua voz e violão, o swing de gêneros da black music, como o funk, samba, soul e hip hop, também integram a programação.

No trajeto Barra-Ondina (circuito Dodô), que se destaca pelas grandes atrações dos blocos de trios, também acontece o desfile de entidades do Programa Carnaval Ouro Negro, a exemplo dos blocos afro Cortejo Afro, Olodum e A Mulherada, os afoxés Filhos de Gandhy e a versão feminina, as Filhas de Gandhy, além do bloco de reggae Banana Reggae, dentre outros.

Transmissão TVE
Para os residentes de Salvador que ficam em casa e para todo o mundo, por intermédio do portal do Carnaval, desde o início dos festejos, a TVE Bahia tem feito uma cobertura diferenciada da festa, com foco na diversidade dos circuitos e nos shows que acontecem no Largo do Pelourinho.

No primeiro dia de transmissão, o Ibope registrou 3 pontos de audiência, sendo o terceiro canal de televisão na preferência do telespectador. O pico da transmissão foi por volta das 1h30 da madrugada, 2% dos 16% que estavam assistindo a TV estavam ligados na transmissão da TVE.