Em janeiro de 2011, o comércio varejista da Bahia apresentou expansão de 7,7% no volume de vendas em relação a igual mês de 2010. Na comparação com dezembro do ano passado, mês imediatamente anterior ao pesquisado, a variação foi positiva em 0,3%.

Os dados foram apurados pela Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), realizada em âmbito nacional pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgados, em parceria, pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria de Planejamento (Seplan).

Com o resultado, o comércio baiano acumula, nos últimos 12 meses (fevereiro de 2010 a janeiro de 2011), crescimento de 9,9%. “A expansão do crédito, a elasticidade dos prazos de parcelamento e a melhoria dos rendimentos dos consumidores, principalmente da camada de menor poder aquisitivo, e o aumento do emprego formal no estado vêm contribuindo de forma positiva para o setor”, avalia a diretora de Pesquisas da SEI, Thaiz Braga.

Em janeiro deste ano, na comparação com janeiro de 2010, o segmento de móveis e eletrodomésticos foi o que apresentou a variação mais expressiva de desempenho das vendas (26,6%). No acumulado dos últimos 12 meses, o segmento contabiliza crescimento de 22,9%.

Outro setor que também se destacou foi o de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos, com acréscimo nas vendas de 15,4%. No acumulado dos últimos 12 meses, a variação atingiu 12,9%. O segmento de livros, jornais, revistas e papelaria apresentou crescimento no volume de vendas de 13,4%, no mês, atingindo 5,2% na variação no acumulado dos últimos 12 meses. No contexto do comércio varejista, esse ramo apresenta um dos menores pesos em relação ao volume de vendas.

Para o segmento de tecidos, vestuário e calçados foi verificada, tanto em janeiro, quanto nos últimos 12 meses, a mesma variação (7,8%). Esse resultado decorreu principalmente da comercialização de artigos de menor valor.

Artigos de uso pessoal

Com incremento de 7,2% em janeiro deste ano, o grupo de outros artigos de uso pessoal e doméstico apresentou o quinto melhor resultado no mês. No acumulado dos últimos 12 meses, a variação atingiu 8,5%. Isso pode ser explicado pela diversidade e variedade de artigos encontrados nas lojas que integram o segmento, dentre as quais se destacam as de artigos esportivos, brinquedos, jóias, material ótico e fotográfico e as lojas de departamento. O ramo de combustíveis e lubrificantes apresentou expansão de 5,8% no mês e de 5,4% no acumulado dos últimos 12 meses deste ano.

Dois segmentos apresentaram resultados negativos no mês. O ramo de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação apresentou redução no volume de vendas de 10,6%, e no acumulado dos últimos 12 meses o movimento foi positivo (9,6%).

Também registrou variação negativa o ramo mais representativo do comércio varejista – hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-2,0%). Este comportamento em janeiro pode ser explicado pela retração na demanda motivada pelo aumento nos preços dos alimentos.

Entretanto, nos últimos 12 meses, o aumento nas vendas atingiu 5,8%. Ao se analisar o subgrupo, hipermercados e supermercados, observou-se queda de 1,4%, em janeiro de 2011, enquanto que no acumulado dos últimos 12 meses a variação atingiu 6,2%.

Os ramos que não integram o indicador do varejo apresentaram crescimento no volume de vendas no mês – veículos, motocicletas, partes e peças (13,9%) e material de construção (8,7%). No acumulado dos últimos 12 meses, esses segmentos apresentaram, respectivamente, 14,9% e 14,6%.