Até o final de abril, a Feira de São Joaquim será campo de experimentação para o projeto ‘Cores e Sabores’, que beneficia adolescentes e adultos da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), com o apoio do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac), autarquia da Secretaria de Cultura do Estado (Secult).

O projeto ganhou aporte de R$ 34,7 mil do Ipac, após ter sido selecionado por uma comissão formada por especialistas das áreas da Educação, História e Antropologia. De 2009 a 2011, o instituto vem executando 73 projetos, com recursos do Fundo de Cultura do Estado. Em dois anos (de 2008 a 2010) foram investidos mais de R$ 2 milhões.

Segundo a professora da Apae, Sandra Bahia, o projeto, elaborado e inscrito nos editais pela arte-educadora Adelina Rebouças e o arquiteto e museólogo Afrânio Simões Filho, é apoiado pela associação com cessão de espaço e estrutura interna para encontros e aulas. “Os alunos passam a conhecer a feira, atividades dos feirantes e produtos comercializados, obtendo mais vivências e conhecimentos”.

Ao conhecer a feira, os alunos ganham conhecimentos sobre Matemática via comercialização de produtos e a variedade do artesanato baiano. São acolhidos na inserção sociocultural aprimorando noções cognitivas e sensoriais fundamentais para o desenvolvimento de pessoas especiais. “O projeto incentiva os alunos a evoluírem, mostrando a realidade fora das salas de aula”, diz Edinaldo Jesus, comerciante da feira há mais de 20 anos, que presenciou uma das visitas.

A Apae é uma entidade filantrópica, sem fins lucrativos e presta assistência a pessoas com deficiência intelectual. As doações são revertidas para o atendimento. Centros médico, educacional, formação profissional, laboratório, triagem neonatal e difusão de tecnologia são alguns dos serviços prestados pela entidade, que tem o apoio do SUS, da população, de convênio com empresas, além de doações via telemarketing. Contato com a entidade pode ser feito pelo telefone (71) 3313-6788