O coordenador nacional do Programa Água Doce (PAD), Renato Saraiva, se reuniu na quinta-feira (24) com a coordenadora estadual do PAD, Maria do Carmo Pereira, e representantes de órgãos estaduais envolvidos no programa. O objetivo do encontro, realizado na Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema), foi traçar metas do Água Doce no estado, além de abordar as experiências obtidas.

Na oportunidade, Saraiva destacou a Bahia pelo nível de consistência de hierarquização no processo de planejamento. “Esse estado tem condições para desenvolver o programa, uma vez que possui um plano pronto, elaborado de forma participativa e que engloba os cuidados ambientais e controle social na gestão do sistema de dessalinização com alternativa de acesso à água para as comunidades rurais”.

A coordenadora estadual explicou que o programa estabelece uma política de acesso à água de boa qualidade para garantir aos moradores do semiárido água potável, geração de renda e melhoria na qualidade alimentar. Segundo ela, até agora, o programa beneficiou 250 famílias no estado, por meio da Unidade Demonstrativa (UD) no município de Santa Brígida.

Em dezembro de 2010, foi inaugurada a primeira UD do Programa Água Doce, na comunidade de Minuim, no município de Santa Brígida. A iniciativa levou água potável ao semiárido do estado,onde boa parte da população consome água subterrânea salobra.

A UD é um sistema de produção integrado que, além de oferecer água para consumo humano, utiliza o concentrado (sobra após a dessalinização) na produção de peixes e irrigação de plantas que servem de alimento a caprinos e ovinos. Os peixes são comercializados pela comunidade e o dinheiro da venda é usado para manter o próprio sistema.

Para o mobilizador social do programa e técnico da Sema, Ricardo Azevedo, nos próximos dias, será feita uma biometria (pesagem e medição do comprimento do peixe) na comunidade de Minuím, que indicará o período adequado para realizar a despesca.