Uma feira com exposição científica, apresentações de grupos de teatro, música, capoeira e distribuição de cartilhas e panfletos informativos marcaram o Dia Mundial de Combate à Tuberculose, comemorado, nesta quinta-feira (24), em Salvador. A atividade, realizada na Praça da Piedade, teve como objetivo chamar a atenção da sociedade para os sintomas da doença e a importância do diagnóstico precoce e do tratamento continuado.

“Queremos mostrar que a tuberculose não é uma doença do passado e todos precisam estar atentos aos sintomas, que são a tosse com secreção por mais de quatro semanas, uma febre leve, que geralmente vem no fim da tarde, além de fraqueza e perda de apetite e peso”, explicou a coordenadora do Programa Estadual de Controle da Tuberculose, Rosangela Palheta.

Durante o dia, dezenas de pessoas passaram pelos estandes montados na praça e tiraram suas dúvidas. O servidor público Vinicius Almeida tem uma vizinha que apresenta tosse há mais de duas semanas e resolveu buscar ajuda. “Eu percebi que ela está com essa tosse crônica e falei sobre o risco de tuberculose, mas a gente não sabia o que fazer. Aqui, fui orientado a procurar o serviço de saúde e fazer o exame que mostra se ela tem ou não a doença”.

Além de atividades de campo como a feira realizada em Salvador, a Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) acompanha a situação da tuberculose no estado, monitorando o número de casos, atuando junto aos municípios no apoio ao atendimento e capacitando agentes de saúde. Em 2010 foram registrados 5.393 casos no estado. No Brasil, o número chega a 75 mil, e no mundo, 5,8 milhões pessoas foram infectadas.

Tratamento especializado 

Apesar do risco e do tratamento demorado, a tuberculose tem cura. Na Bahia, o Hospital Especializado Octávio Mangabeira (Heom), localizado no bairro do Pau Miúdo, em Salvador, é o centro de referência estadual para a doença. São 220 leitos e equipes médicas multidisciplinares, que prestam atendimento especializado com apoio psicológico e nutricional.

A diretora da unidade, Maria Inez Farias, explica que o hospital também desenvolve pesquisas científicas em parceria com outras entidades. “Temos um núcleo de pesquisa em Pneumologia. Os estudos já renderam publicações e apresentações em congressos, contribuindo para aperfeiçoar o tratamento”.