Produtores baianos de abacaxi são capacitados para controlar pragas

A fitossanidade da cultura do abacaxi está em pauta desde esta terça-feira (19) em Itaberaba. Produtores, agrônomos e técnicos da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), EBDA e Embrapa serão capacitados para identificar, prevenir e auxiliar no trabalho de monitoramento de pragas que acometem o abacaxizeiro.

Cinquenta pessoas participam do evento, dividido em dois módulos, sendo uma parte teórica e outra de prática de reconhecimento em campo. Nesta quarta-feira (20), encerrando a programação do curso, pesquisadores da Embrapa vão mostrar aos participantes, no campo, como reconhecer e monitorar a fusariose do abacaxizeiro.

Cerca de 80% da produção baiana de abacaxi vem da agricultura familiar. O estado é o quarto produtor nacional, com 139 milhões de frutos/ano. A área plantada atinge um total de 9,6 mil hectares, sendo o abacaxi uma fruta cultivada em praticamente todo o território baiano, com destaque para o município de Piemonte do Paraguaçu, região de Itaberaba, segundo dados do IBGE.

Na abertura do encontro, na manhã desta terça-feira, o diretor de Defesa Sanitária Vegetal da Adab, Armando Sá, abordou as perspectivas da cultura do abacaxi na Bahia e a Portaria 286, que dispõe sobre o controle da fusariose, principal praga da fruta.

“A produção de abacaxi é de extrema importância econômica para o estado, porque se trata de uma atividade geradora de emprego e renda para os pequenos agricultores”, explicou Sá. “Por isso, precisamos conscientizar os produtores sobre o controle da praga, para que eles se tornem nossos parceiros nas atividades de campo”.

As ações para o controle da fusariose constam no Projeto de Fitossanidade do Abacaxi, coordenado por Antônio Bergman, engenheiro agrônomo da Adab. “Nosso objetivo é propor um trabalho em conjunto com os produtores, cooperativas, parceiros e associações, no sentido de sensibilizar, discutir e traçar metas com os diversos segmentos sociais envolvidos na cadeia do abacaxi”.

Entre as ações do projeto, Bergman apontou o cadastramento com georreferenciamento de propriedades, a produção de mudas com vistas à certificação, atividades de educação sanitária, a fiscalização do trânsito e, a exemplo do evento desta semana, a capacitação de produtores.

Os participantes também receberam informações sobre o manejo integrado de outras pragas e doenças do abacaxizeiro, como murcha associada à cochonilha, broca, podridão e ácaro alaranjado.

Já o engenheiro agrônomo da Adab e coordenador de Fiscalização em exercício, Raimundo Ribeiro, abordou os procedimentos para fiscalização na área de agrotóxicos.