Para comemorar o Mês da Dança, agora em abril, o projeto Domingo no TCA reservou uma atração de prestígio internacional, o Balé Folclórico da Bahia (BFB), com o espetáculo ‘Herança Sagrada’, sob a direção geral de Walson Botelho e direção artística de Zebrinha, de volta a Salvador após três meses de sucesso nos Estados Unidos.

A apresentação única será no próximo domingo (10), na Sala Principal do Teatro Castro Alves, às 11h, com ingressos (inteira) a R$ 1 vendidos no mesmo dia, a partir das 9h, e acesso imediato do público.

Antes do Balé, às 10h, o grupo Teatro Nu fará a abertura da programação do dia com o espetáculo ‘O Pedido de Casamento’, peça de 30 minutos reunindo os atores Fafá Menezes, Marcelo Praddo e Carlos Betão, sob direção de Gil Vicente Tavares.

Única companhia de dança folclórica profissional do país, o BFB nasceu em 1988 e, no ano de 1994, foi considerado pela Associação Mundial de Críticos como a “melhor companhia de dança folclórica do mundo”. Na recente turnê norte-americana, o jornal The New York Times estampou em crítica de duas páginas a manchete ‘Jornadas Fantásticas – Quando o Balé Folclórico da Bahia aporta em Nova Iorque é tempo de festa’.

‘Herança Sagrada’ estreou no Teatro Castro Alves, em 2008, por ocasião dos 20 anos do BFB, porém foi modificado e revisado para a turnê, com duração de três meses, por 30 cidades norte-americanas. O espetáculo foi aplaudido por cerca de 100 mil pessoas, incluindo celebridades artísticas como a cantora lírica Jessye Norman, Gloria Estefan, Danny Glover, David Parsons, Anne Hathaway, Harry Belafonte e Steven Spielberg.

"O retorno do Balé Folclórico da Bahia aos Estados Unidos numa grande turnê como esta representa uma conquista, não só para a Bahia, mas para a dança do país inteiro", comemora Walson Botelho.

Ritual no palco

Vinte e cinco bailarinos, cantores e músicos se apresentam em ‘Herança Sagrada’, que tem início com um ritual onde Obatalá, criador do universo Iorubá, traz para a Terra o primeiro filho e orixá, Exu, deixando-o responsável por dar vida a todos os seres animados e ser o principal mensageiro entre os segredos do Orun (firmamento) e o Aiyê (a terra).

Nas cerimônias, novos adeptos são iniciados e saudados pelas Divindades do panteão religioso africano, a exemplo de Ogum, o orixá que representa a força da natureza contida no ferro e nas guerras, Oxum (Deusa que encarna a força das águas doces, rios, cascatas), Obaluaiyê (orixá das enfermidades e da morte), Iansã (que representa a força dos ventos e das tempestades), e Oxóssi (protetor das florestas, caças e caçadores).

A segunda parte do espetáculo mostra as mais importantes manifestações folclóricas baianas, a exemplo da puxada de rede, capoeira, samba de roda, além da coreografia ‘Afixirê’, um clássico do repertório do Balé Folclórico da Bahia.