Até dezembro deste ano, o Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac) apoia o projeto educativo e artístico-cultural ‘Diga Aí, Povo do Pelô’, no Centro Histórico de Salvador (CHS). A iniciativa foi proposta pela ONG Centro de Referência Integral de Adolescente (Cria), que venceu o processo seletivo dos Editais do Ipac e ganhou aporte de R$ 103 mil do Fundo de Cultura da Bahia.

O projeto promoverá reflexões, debates, bate-papo com especialistas, visitas a bibliotecas, recitais poéticos, apresentações musicais, danças, exposições artesanais e mostra de artes cênicas. A ideia é contribuir para a valorização étnico-cultural das comunidades do CHS, beneficiando principalmente crianças e adolescentes.

“Um dos objetivos dos Editais do Ipac é apoiar projetos educativos que promovam bens culturais, sejam materiais ou imateriais, como o ‘Diga Aí’ propõe”, explica o coordenador de editais, Layno Pedra. Os editais garantem ainda ferramentas mais transparentes e democráticas para a distribuição dos recursos públicos. De 2009 a 2011 o instituto executa 73 projetos. “Em dois anos, de 2008 a 2010, foram investidos mais de R$ 2 milhões”.

O projeto ‘Diga Aí’ foi iniciado neste mês, integrando uma das categorias dos Editais do Ipac denominada Edital To no Pelô, que promove a dinamização artístico-cultural do Pelourinho por meio de ocupação de largos, intervenções urbanas e ações de cultura e cidadania para as comunidades residentes e frequentadoras da região.

Segundo Layno Pedra, o Tô no Pelô está entre os editais da Secult que recebem mais demanda. “Existem desde projetos de peças teatrais até shows de rock e música gótica, além de espetáculos de dança e projetos de arte-educação”. “Antes da abertura do projeto realizamos reuniões para sensibilização de entidades sociais e órgãos municipais, estaduais e federais localizados na área”, afirma a coordenadora do Cria, Eleonora Rabello.

Nas primeiras ações foram convidadas instituições como Colégio Senhor do Bonfim, o Movimento Sem Teto da Bahia, a Aliança de Redução de Danos, a Escola de Dança da Fundação Cultural, o Movimento População de Rua, a Força Feminina, a Biblioteca Manuel Querino do Ipac, o Centro Cultural da Câmara Municipal, o projeto Oi Kabum, a Unegro e a escola Olodum Mirim.

Para coordenadora pedagógica do Cria, Irene Piñeiro, a integração de parceiros é prerrogativa e será sempre bem-vinda. Os interessados podem fazer contato via o e-mail povodopelo@googlegroups.com ou pelo telefone (71) 3332-1334.