Consulta pública em Macaúbas contribui para elaboração do PPA 2012-2015

Moradores de Macaúbas e de municípios do Território de Identidade Bacia do Paramirim participaram neste sábado (16) da consulta pública promovida pelo Governo da Bahia para a elaboração do Plano Plurianual Participativo (PPA) 2012-2015. Ao todo, 143 pessoas, entre moradores, líderes comunitários e representantes de movimentos sociais participaram das plenárias.

O encontro, coordenado pelas secretarias estaduais do Planejamento (Seplan) e da Segurança Pública (SSP), aconteceu até o final da tarde no Centro Territorial de Educação Profissional (Ctep) da Bacia do Paramirim e teve como objetivo ouvir da população sugestões com prioridades de investimentos para a região.

A geração de empregos, com foco na agricultura e na exploração de minérios, foi a principal sugestão apresentada pelos participantes do encontro, para a região da Bacia do Paramirim, composta por nove cidades e aproximadamente 150 mil habitantes.

Moradores estão confiantes

“Estamos vivendo uma nova época em nosso estado, com a participação da sociedade na construção de políticas públicas”, declarou Gilênio Nunes Caldeira, coordenador territorial. Ele afirmou que a população está animada, pois o planejamento estratégico feito na primeira edição, com as reivindicações de reestruturação dos colégios, recuperação de estradas e aquisição de ambulâncias, além da ampliação da frota de viaturas policiais, foi cumprido.

Segundo o coordenador, agora a principal demanda é a articulação para construção de matadouros e frigoríficos, além da inclusão de projetos produtivos, para evitar o êxodo rural, com destino ao Sul do País.

“As melhorias realizadas são resultado do primeiro encontro entre o poder público e a população, e incluem a reforma da BA-156, que liga a BR-242 ao eixo comercial de Vitória da Conquista, intervenções em praças e construção de pontos de comércio. Por isso estamos confiantes que dessa vez o resultado será novamente positivo”, disse Caldeira.

Plano de Desenvolvimento Bahia 2023

O coordenador do Conselho de Acompanhamento do PPA Participativo (Caapa), Augustinho Rangel, explicou que a segunda edição da consulta pública naquela região foi ainda mais proveitosa, pois a comunidade já sabe que os resultados serão alcançados.

“Além de fiscalizar o cumprimento das demandas, vamos preparar grupos técnicos para reforçar os nossos projetos. Política territorial é o assumir do povo e fazer com que eles participem das decisões sobre os gastos públicos”, anunciou. Rangel destacou ainda a necessidade da criação de universidades na região, pois muitos jovens se deslocam para outros centros em busca de ensino superior.

Ele explicou que a função do Caapa, além de acompanhar o que está sendo feito, é convencer de que as demandas devem ser viáveis, tendo em vista o Plano de Desenvolvimento Bahia 2023.

Todo mundo tem vez

O adolescente Otávio Augusto Rangel, 13 anos, sonha em ser jornalista e, desde cedo, coloca em prática seu intento. Colaborador do principal jornal impresso da região, o jovem ‘tomou gosto’ pela oportunidade de debater e colaborar com o diálogo democrático, nas áreas de tecnologia e Copa do Mundo 2014.

Com a autorização do pai, ele pôde participar da reunião do PPA Participativo. “Esperamos que os investimentos estaduais na área de esporte, voltados à Copa de 2014, tenham reflexos nesta área”, conclamou o adolescente, que sugeriu que as atenções fossem direcionadas para melhoria dos estádios e reforço na segurança. “Neste tipo de encontro temos a oportunidade de sugerir propostas para o desenvolvimento de ações que vão melhorar a vida da população e aumentar as oportunidades para jovens da minha idade”, afirmou o mais jovem integrante da plenária.

Para a presidente da Associação Comunitária de Veredinha, Elena Pereira, que participa pela segunda vez da consulta pública, a primeira edição do plano permitiu que a sociedade construísse, em parceria com o governo, demandas para realizar uma gestão participativa. “Nosso território carece de educação, saúde e meio ambiente. Como estudante do Ctep, analiso que a Bacia de Paramirim precisa cuidar da sua fauna e flora”.

Publicada às 13h30
Atualizada às 22h20