Em Juazeiro, assim como em Vitória da Conquista, a participação também foi expressiva na consulta pública para o Plano Plurianual Participativo 2012-2015, que aconteceu nesta quinta-feira (28). Aproximadamente 300 pessoas estiveram presentes na plenária do Território do Sertão do São Francisco realizada no Colégio Modelo, sob a coordenação da Secretaria do Planejamento (Seplan), e articulação das secretarias do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre) e de Cultura (Secult).

Entre as propostas levantadas constam fortalecimento da agropecuária local com ênfase no trabalho familiar, construção de escolas de grande e médio porte nos distritos e povoados do território, implantação de um campus universitário no município de Sobradinho, recuperação das estradas intermunicipais do território e ampliação da inclusão digital no território, principalmente na zona rural, para incentivar o acesso à internet.

Os participantes apresentaram ainda, entre outras necessidades, implantação do sistema para captação dos sinais de TV do estado da Bahia, em todo o território do São Francisco, residência para mulheres vítimas de violência, criação de mecanismos para divulgação do turismo local, investimento em infraestrutura para armazenamento e beneficiamento do pescado e inclusão do programa Educação em Saúde no currículo das escolas.

Qualidade de vida

O chefe de gabinete da Setre, Elias Dourado, representou o secretário Nilton Vasconcelos. Ele afirmou que discutir o Plano Plurianual é pensar na melhoria da qualidade de vida das pessoas. “O PPA Participativo nasce da necessidade de se pensar em conjunto e abordar a realidade de cada território. Nesse momento, discutimos as urgências da região, de acordo com as suas realidades, apontando o caminho para a melhora de vida da população”.

Para o secretário de planejamento do Estado, Zezéu Ribeiro, trata-se de um movimento inédito no País. “Estamos fazendo um processo único no Brasil. É a primeira vez que um estado realiza um PPA Participativo por duas vezes seguidas, trabalhando para que estes encontros não resultem num conjunto de orçamentos, e sim em diretrizes para a gestão pública em torno de um projeto mais amplo”.

O representante do Conselho de Acompanhamento do PPA do Território do São Francisco e articulador territorial, João Régis, afirmou que “estas ações mostram a mudança da relação entre o Estado e a sociedade civil, que tende a aumentar com a participação cada vez mais assídua dos cidadãos tanto na hora de sugerir propostas quanto na hora de executá-las”.