O governador Jaques Wagner recebeu, nesta quarta-feira (6), na Governadoria, no Centro Administrativo da Bahia (CAB), lideranças para discutir políticas públicas para o desenvolvimento da agricultura familiar no estado. A reunião com a comissão do Fórum Baiano da Agricultura Familiar (FBAF), composta por nove representantes de sete entidades, contou com a participação de secretários de estado e equipe técnica do governo.

Wagner se comprometeu a resolver a questão, com mais orçamento para assistência técnica, Água para Todos, Luz para Todos, Programa de Habitação, distribuindo mais títulos para quem precisa legalizar a posse da terra e mais sementes para as famílias. Além disso, mantendo os programas do garantia safra e juros zeros para compra de equipamentos.

Segundo o secretário de Relações Institucionais, Cézar Lisboa, dentre as resoluções, o governo apresentou a nova reforma administrativa, que será encaminhada para a Assembleia Legislativa da Bahia (Alba). “As alterações vão dar mais foco em algumas áreas, sendo uma delas a agricultura familiar, sobretudo para a Superintendência da Agricultura Familiar, diretamente responsável pela elaboração de políticas integradas com o programa de inclusão produtiva”.

Na pauta da discussão entre os representantes dos movimentos sociais e o poder público, as ações que reforcem os serviços públicos para o campo como a assistência técnica, o apoio a organizações não-governamentais e o funcionamento dos colégios territoriais.

Para o coordenador da Federação Baiana da Agricultura Familiar, Mazinho Silva, o canal aberto é natural numa democracia participativa, e significa um avanço na luta dos movimentos sociais. “Avançamos de políticas especificas para estruturantes, mas se quisermos erradicar a pobreza é preciso ter uma estrutura que dialogue com agricultura familiar de forma eficiente e com recursos suficientes para enfrentar os problemas”.

Após a reunião, o governador falou diretamente aos trabalhadores da marcha, em frente ao prédio da Governadoria, e afirmou que condições de trabalho, moradia e melhoria da agricultura familiar, reivindicados pelo movimento organizado, são compromissos dele e da presidente da República, Dilma Rousseff.
“Agora, se estabeleceu uma mesa de negociação entre eles e uma equipe do governo. Só podemos nos comprometer com aquilo que podemos cumprir. Prefiro ser mais discreto na oferta e ser mais proativo na entrega, do que o contrário, ou seja, dizer que só posso dar cinco e conseguir entregar seis, do que prometer dez e acabar devendo”.