Desta terça-feira (19) até 9 de maio, a Bahia é anfitriã do Festival da Tilápia, evento promovido pela Secretaria da Agricultura (Seagri), através da Bahia Pesca, em parceria com a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) e com apoio do Sebrae. O festival reúne 28 restaurantes em Salvador, Camaçari e Ilhéus, que criaram pratos específicos para o projeto.

Este é o segundo ano do festival. Restaurantes como Porto Brasil, Ki Mukeka, Jerimum, Mercado Bar, Baby Beef, All Saints, Pampas Steak, Sushi Deli, Donana, Deli & Cia, Caranguejo de Sergipe, Oliva Gourmet, Spaguetti Lilás e Gibão de Couro apresentam receitas com o peixe assado, grelhado e cozido. A tilápia é um peixe de carne branca, de sabor suave e contém ômega, que baixa o colesterol.

O gosto pelo peixe vem crescendo no mundo, tendo os Estados Unidos como um dos principais consumidores. Na Bahia não é diferente. Participante do festival no ano passado, o Ki Mukeka, que este ano serve o filé de tilápia ao chef, colhe os louros do prato apresentado em 2010. A moqueca de tilápia é hoje um dos pratos mais pedidos no restaurante.

O presidente da Bahia Pesca, Isaac Albagli, afirmou que o festival, além de divulgar as diferentes aplicabilidades da tilápia na gastronomia, mostra o resultado do trabalho social dos inúmeros projetos de piscicultura da empresa no interior do estado. Haverá cursos de capacitação e manuseio da tilápia para garçons, auxiliares e chefes de cozinha.

“O Festival da Tilápia vem com o propósito de enobrecer a carne do peixe na gastronomia e gerar sustentabilidade para o setor de aquicultura familiar”, destacou o presidente da Abrasel, Luiz Henrique do Amaral.

O pescado oferecido nos restaurantes participantes de Salvador é oriundo das cooperativas de pescadores do interior. A ideia do festival é tornar a tilápia um peixe conhecido no mercado consumidor baiano e, ao mesmo tempo, oferecer aos produtores a oportunidade de comércio.

História

Segundo historiadores, a tilápia tem origem africana. No Brasil, o peixe foi introduzido na década de 50. A partir do final dos anos 60, o quadro começou a mudar com a introdução da tilápia nilótica, mais fácil de criar.

Hoje, a Bahia é o maior produtor de tilápia do Nordeste. Para ampliar ainda mais essa produção, a Bahia Pesca desenvolve uma série de projetos no interior, realizando o povoamento de aguadas públicas e a implantação de unidades demonstrativas de tanques-rede.

Nas aguadas públicas, em parceria com as prefeituras e associações de produtores rurais, é feita a distribuição de alevinos (filhotes de peixe) periodicamente, o mesmo ocorrendo nas unidades demonstrativas de tanques-rede. Após um período que varia de seis a oito meses, os alevinos atingem a idade adulta, chegando a pesar mais de um quilo, quando então são capturados para consumo e comercialização.