Diversas formas de inclusão produtiva dos usuários do sistema de saúde mental nas práticas da economia solidária foram debatidas, nesta quarta-feira (27), por representantes do Governo do Estado, que atuam nesses serviços. A Oficina de Saúde Mental e Economia Solidária aconteceu no auditório da Agência de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia (Agerba).

Aberto pelo coordenador de Saúde Mental, Iordan Gurgel, o evento foi pautado pelas propostas finais da última conferência estadual sobre o tema realizada, no mês de maio do ano passado, em Salvador. Representando a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), ele apresentou o documento que orienta sobre a criação de um estatuto para pessoas em sofrimento mental.

O documento também sugere incentivo fiscal para empresas que disponibilizarem cotas de emprego ou estágio, financiamento destinado a atividades de geração de renda e estratégias de escoamento dos produtos, e estabelecimento de parcerias intersetoriais com instituições de ensino, assegurando vagas de qualificação e profissionalização para essas pessoas.

A representante da Associação Metamorfose Ambulante (Amea), uma das entidades de usuários dos serviços de saúde mental, Lívia Santos de Souza, considerou a oficina, promovida pela Secretaria do Trabalho, Emprego e Renda (Setre), como “incentivadora das possibilidades de transformação dos usuários de serviços saúde mental”.

A Setre informou aos participantes do encontro que está desenvolvendo estudos para realizar, ainda neste primeiro semestre, uma oficina com alguns internos do Hospital Juliano Moreira, dentro da filosofia da economia solidária. A ação, envolvendo técnicos do Instituto Mauá, será sobre artesanato.