A Secretaria da Agricultura do Estado apresenta nesta terça-feira (3), a partir das 9h, durante reunião da Câmara do Sisal, no Centro Cultural do município de Conceição do Coité, o estudo realizado pela Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA) sobre a produtividade de sisal por hectare na Bahia, além de definir as ações para o cumprimento do Planejamento Estratégico da cadeia produtiva de Fibras Naturais.

Na reunião também serão discutidos a criação de subcâmaras específicas para as fibras do sisal, piaçava e coco. Outra questão a ser discutida é a realização da reunião do Grupo Intergovernamental de Fibras Duras da FAO/ONU, em Salvador, em novembro deste ano.

O Brasil é o maior produtor de sisal do mundo, com cerca de 100 mil toneladas do produto, o que representa 43% do mercado mundial, seguido pela China (24%) e Tanzânia (13%). A Bahia concentra 90% da produção nacional, com destaque para as regiões de Campo Formoso, Valente e Coité, ficando à frente dos estados de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará.

O Brasil é considerado também o maior exportador dentro do ranking mundial. Estima-se que mais de 80% da produção nacional de sisal são exportadas para mais de 50 países, sendo os principais importadores os Estados Unidos, a China, o México e Portugal.

A cultura do sisal é significativa para a economia nordestina, principalmente pelo potencial produtivo das regiões semiáridas com baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a cultura dessa fibra possui um forte caráter de inclusão social que gera mais de meio milhão de empregos em regiões carentes. Além disso, o sisal é um dos produtos agrícolas que mais geram impostos para o Estado.