Avaliar os avanços e desafios para implantação da política de promoção da igualdade nos municípios baianos. Com esse propósito, a 7ª edição do Fórum Estadual de Gestores de Promoção da Igualdade Racial, iniciada nesta quinta-feira (5), no Hotel Vilamar, em Amaralina, destacou a criação de organismos municipais – onde políticas públicas da área são pensadas e executadas – e a inclusão do núcleo temático na programação do Plano Plurianual Participativo (PPA 2012-20115).

O encontro promove o intercâmbio de experiências entre gestores de 33 municípios baianos a fim de potencializar as ações futuras. Coordenado pela Secretaria de Promoção e Igualdade Racial (Sepromi), o evento realizado pela primeira vez em 2007, com a participação de 14 municípios, continua até esta sexta (6) e tem como meta a adesão mais significativa dos Territórios de Identidade da Bahia.

Segundo a titular da Sepromi, Vanda Sá Barreto, a intenção é criar um sistema nacional com a proposta de municipalização das políticas de promoção da igualdade racial. “O estado sozinho não dá conta, e são nos municípios onde a população está concentrada. Portanto as ações devem ser direcionadas, evidentemente, com suporte, orientação técnica e construção de estratégias”. Segundo ela, quando todos os 417 municípios implantarem organismos de promoção da igualdade, a participação deve ser ainda maior. De acordo com Vanda, atualmente menos de 50 dispõem de órgãos em funcionamento nessa área.

Para o secretário do Trabalho e Reparação Social de São Sebastião do Passé, José Carlos Conceição da Paz, a partir de 2007, houve mudança na forma de fazer política, que foi acompanhada por alguns municípios. O fórum deu a dimensão da tarefa com a questão em pauta. “O quinto município, com maior número de população negra do estado, percebeu a necessidade de elaborar mecanismos para combater o racismo e a desigualdade, e, assim, conseguiu identificar uma comunidade remanescente de quilombo, fruto da orientação da Sepromi”.