LOCAL: Estação de Condicionamento Prévio da Foz do Brasil (Boca do Rio)
DATA: 27.05.11 (sexta-feira)
HORÁRIO: 9h

O QUE É: inauguração do Sistema de Disposição Oceânica (SDO) do Jaguaribe (emissário submarino).

INFORMAÇÕES ADICIONAIS:

SISTEMA: construído para dar destinação adequada aos esgotos domésticos coletados na área norte de Salvador, em três novas bacias em construção no subúrbio ferroviário, e no município de Lauro de Freitas, o sistema beneficia, numa primeira fase, mais de 1,9 milhão de habitantes. O SDO foi implantado a partir de PPP, umas das primeiras do país na área de saneamento, com investimentos da ordem de R$ 259 milhões. Desse total, R$ 174 milhões foram financiados pela Caixa Econômica Federal e R$ 85 milhões aplicados pela Foz do Brasil, empresa do grupo Odebrecht que irá operar o sistema pelos próximos 15 anos.

IMPACTO: o SDO Jaguaribe marca uma nova fase para o saneamento básico de Salvador, que passa a ter 90% do seu território coberto pelo serviço de esgotamento sanitário. O sistema tem capacidade para dispersar no oceano 5,9 mil litros de efluente por segundo. Até então, a capital baiana contava apenas com o Sistema de Disposição Oceânica do Rio Vermelho, inaugurado em 1975, e que já opera no limite da sua capacidade (8,3 mil litros por segundo).

TRATAMENTO: o esgoto coletado é bombeado da Estação Elevatória do Saboeiro, que foi ampliada, para a Estação de Condicionamento Prévio (ECP) do Jaguaribe, por meio de uma linha de recalque com 1.445 metros de extensão. Lá, passa por um processo de retirada de resíduos sólidos e em suspensão, que são destinados ao aterro metropolitano de Salvador. Ao fim do processo de purificação, ainda é feito um tratamento para a retirada dos odores. A dispersão do efluente final no oceano, por meio de 5.012 metros de emissário, sendo 1.432 metros terrestre e 3.670 metros submarino, não representa risco de degradação ambiental das praias e ecossistemas marinhos.

OBRAS: a construção do sistema foi realizada com tecnologia capaz de praticamente não causar transtornos à população. O emissário terrestre, por exemplo, foi implantado a 20 metros de profundidade, por meio de um equipamento importado da Alemanha e considerado o melhor do mundo para esse tipo de perfuração. Controlada remotamente, a máquina perfura o solo com baixíssimo nível de impacto, evitando poeira e interdição das vias urbanas. Também é o método mais seguro, pois elimina os riscos de acidentes por não usar explosivos e evita desmoronamentos. Já o emissário submarino, a 40 metros de profundidade, foi afundado entre os verões de 2009 e 2010, quando o mar está mais calmo e os ventos são fracos. No último verão, mergulhadores fizeram a ligação da parte terrestre com a submarina.