Em abril deste ano, a taxa de desemprego na Região Metropolitana de Salvador (RMS) ficou em 15,7% da População Economicamente Ativa (PEA), mesmo percentual encontrado pela Pesquisa de Emprego e Desemprego na RMS (PEDRMS) para março. É a menor taxa de desemprego registrada em abril ao longo da série da pesquisa iniciada em dezembro de 1996. O estudo é feito pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria do Planejamento Estado (Seplan), em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a Fundação Seade e a Secretaria do Trabalho, Emprego Renda e Esportes (Setre).

De acordo a pesquisa, a taxa de desemprego total diminuiu intensamente em relação a abril de 2010, ao passar de 19,0% para os atuais 15,7% da PEA. O número de desempregados diminuiu em 67 mil pessoas, como resultado da geração de 29 mil ocupações e da redução do número de pessoas no mercado de trabalho (38 mil). A taxa de participação passou de 58,4% em abril do ano passado para os atuais 55,7%.

Entre os setores de atividade econômica analisados, foi observado crescimento na Indústria (22 mil ou 18,3%), na Construção Civil (20 mil ou 19,0%) e no agregado Outros Setores, que inclui os Serviços Domésticos e Outras Atividades (2 mil ou 1,5%). E houve decréscimo no Comércio (10 mil ou 4,0%) e no setor de Serviços (5 mil ou 0,6%). Nos últimos 12 meses, o contingente de ocupados aumentou 1,9%, passando de 1.516 mil para 1.545 mil pessoas. Ao comparar com março de 2010, o rendimento médio real decresceu para os ocupados (6,8%) e para os assalariados (6,7%).

O conjunto das sete regiões metropolitanas pesquisadas pela PED também apresentou relativa estabilidade do emprego em abril, com a taxa passando de 11,2%, em março, para os atuais 11,1%. Além de Salvador, o desemprego manteve-se relativamente estável no Distrito federal (13,6%), Porto Alegre (7,4%), Recife (13,8%) e São Paulo (11,2%). A taxa aumentou em Fortaleza, onde passou para 9,8%, e diminuiu em Belo Horizonte (8,1%).

O nível ocupacional no conjunto das regiões do País aumentou nos Serviços (114 mil ocupações, ou 1,1%) e na Construção Civil (23 mil, ou 1,8%), mais que compensando a redução na Indústria (-31 mil, ou -1,0%) e no Comércio (-30 mil, ou -0,9%). Em março, o ganho médio real decresceu para os ocupados (-4,9%) e assalariados (-4,4%). Os valores dos rendimentos foram estimados em R$ 1.036 e R$ 1.133, respectivamente.

Redução 
Segundo a pesquisa, o contingente de desempregados foi estimado em 288 mil pessoas em abril, dois mil a menos em relação ao mês anterior. O resultado decorreu da eliminação de dez mil postos de trabalho na região, cujos efeitos foram arrefecidos pela saída de 12 mil pessoas da PEA, que fez a taxa de participação – indicador que estabelece a proporção de pessoas com 10 anos ou mais presentes no mercado de trabalho como ocupadas ou desempregadas – passar de 56,2% para 55,7%.

O coordenador da PED pela SEI, Leormínio Moreira, explica que “a redução de empregos, nos principais setores de atividade econômica, pode ser considerada natural para abril, com o final do verão, do Carnaval e demais eventos que costumam absorver temporariamente mão de obra na região”.

Entre os principais setores de atividade econômica analisados, o nível ocupacional diminuiu no setor de Serviços (-3 mil ou -0,3%), no Comércio (-3 mil ou -1,2%), na Construção Civil (-3 mil ou -2,3%) e na Indústria (-1 mil ou -0,7%). Apenas o agregado Outros Setores (Serviços Domésticos e Outras Atividades) manteve em abril o mesmo número de pessoas ocupadas registrado em março. O contingente de ocupados na RMS foi estimado em 1.545 mil pessoas, dez mil a menos do que o apresentado no mês anterior.