No dia 2 de julho de 1823, os baianos expulsaram definitivamente as tropas portuguesas do território brasileiro. Desde então, neste dia, o povo sai às ruas para comemorar a data mais importante da Bahia: O 2 de Julho. Unidade da Secretaria de Cultura do Estado e guardiã da memória da Bahia, a Fundação Pedro Calmon se junta aos baianos para saudar os Heróis da Independência, com ações que têm o objetivo de aprofundar o conhecimento deste importante fato da história do Brasil.

As atividades começam nesta sexta-feira (1º) com uma homenagem à mártir da Independência, Joana Angélica, na Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Lapa (Avenida Joana Angélica, Centro), às 18h. Na oportunidade, o historiador Ubiratan Castro de Araújo, diretor-geral da Fundação Pedro Calmon/SecultBA, falará sobre a importância da religiosa, quando tentava defender as tropas brasileiras do ataque das forças portuguesas. Essa ação conta a parceria da Rádio Excelsior (840 AM), que transmitirá o evento ao vivo.

Cortejo

Já no dia 2, a Fundação Pedro Calmon estará nas ruas participando do cortejo, com performances artísticas e culturais e distribuição do informativo Folha Literária especial sobre a Independência da Bahia, incluindo o hino oficial do Estado, o Hino ao Dois de Julho. A presença da Fundação será animada pelo artista Adailton Poesia e o grupo Tambores da Raça que participarão das duas etapas do desfile: pela manhã, da Lapinha ao Pelourinho, e à tarde, do Pelourinho ao Campo Grande.

Situada na rota do desfile, a Biblioteca Anísio Teixeira (Ladeira de São Bento) funcionará no dia 2 de julho, das 9h às 17h, para abertura da Exposição Heroínas da Independência da Bahia, uma mostra em homenagem às mulheres que lutaram pela Independência do Brasil na Bahia: Maria Felipa, Maria Quitéria, Joana Angélica e as lendárias Caretas de Saubara, representantes do Recôncavo Baiano. Imagens revelarão a representação popular sobre essas mulheres, como a figura da Cabocla, que une história e religiosidade.

Ao pé do Caboclo

De 3 a 5 de julho, das 9h às 18h, o Campo Grande receberá o projeto “Ao Pé do Caboclo”. Feira de Livros, sessão de autógrafos, contação de história e performances artísticas acontecerão em volta do monumento em homenagem ao 2 de Julho, em uma ação que leva à comunidade informações cívicas que reforçam a importância da Bahia no processo de independência do Brasil. Além da Biblioteca Móvel, com estantes e mesas repletas de livros e revistas (cerca de 2 mil títulos), haverá apresentação teatral, músicos, poetas e violeiros. No dia 3, a partir das 10h, a escritora Lizir Arcanjo Alves fará uma sessão de autógrafos do livro “O 2 de Julho na Bahia: Antologia Poética”, uma publicação da Fundação Pedro Calmon/SecultBa, em co-edição com o Quarteto Editora.

Independência em Debate 

Ainda no dia 3 de julho, às 11h, o historiador Ubiratan Castro de Araújo abordará a Independência do Brasil para o público da Biblioteca Infantil Monteiro Lobato, localizada no bairro de Nazaré. A palestra iniciará um ciclo de conferências intitulado “Independência em Debate”, que levará historiadores e pesquisadores às bibliotecas públicas do Estado para debaterem o tema.

As próximas palestras serão com a historiadora Wlamyra Albuquerque, dia 15/07, 14h30, na Biblioteca Anísio Teixeira – São Bento; Manoel Passos, dia 19/07, 15h, Biblioteca Juracy Magalhães Jr. – Rio Vermelho; André Luís da Silva Santos, dia 20/07, 15h, na Biblioteca Thales de Azevedo – Costa Azul; e Ubiratan Castro de Araújo, dia 22/07, 15h, na Biblioteca Pública do Estado – Barris fechando o Ciclo.

Publicações 

Além da Folha Literária especial, a Fundação Pedro Calmon preparou uma série de materiais informativos e didáticos que narram o contexto histórico da independência, as principais batalhas, a participação das cidades baianas e os personagens heróicos. Esse material está sendo distribuídos em todas as atividades alusivas à Independência do Brasil na Bahia. “Todo brasileiro, especialmente os baianos, devem conhecer o processo histórico que culminou com a independência do Brasil do poder colonial. São referências de coragem, determinação e, acima de tudo, união do povo baiano em nome da soberania nacional”, destaca Ubiratan Castro de Araújo.

Entre os dias 8 e 10 de julho, a Biblioteca Móvel estacionará no bairro de Pirajá, um dos pontos relevantes da luta que se travou em Salvador pela independência. Nos três dias, a Praça General Labatut será animada por performances artísticas e atividades literárias. Será o encerramento da Rota da Independência que, de 25 de junho a 10 de julho, percorre cidades do Recôncavo Baiano levando informações, diversão e conhecimentos históricos.

Outras atividades sobre a Independência do Brasil na Bahia movimentarão as bibliotecas públicas do Estado, administradas pela Fundação Pedro Calmon, durante todo o mês de junho. A programação completará está disponível no site do órgão