Com a participação do chefe da Divisão de Temas Sociais do Ministério das Relações Exteriores, ministro Sílvio Albuquerque, a comissão organizadora do Encontro Mundial em Comemoração ao Ano Internacional do Afrodescendente – que acontecerá em novembro deste ano na capital baiana – se reuniu na terça-feira (21), em Salvador.

Coordenada pelo secretário para Assuntos Internacionais e da Agenda Bahia, Fernando Schmidt, o encontro deliberou que o evento será aberto solenemente no dia 17 à noite. No dia 18 acontecerão 13 mesas temáticas, e no dia 19 haverá o encontro de chefes de Estado, além da cerimônia de encerramento durante a noite, com um show no Pelourinho.

Sílvio Albuquerque afirmou que o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, ressaltou o total apoio do Itamaraty ao evento. Segundo ele, Patriota é um parceiro e considera que realizar o encontro na Bahia é a melhor opção. Magali Naves, que tem representado a Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), em reuniões anteriores, também enfatizou o apoio da ministra Luiza Bairros.

O ministro passou a tarde visitando alguns possíveis locais para realização do evento e afirmou que todas as opções, listadas pela comissão organizadora, são muito boas e combinam conforto e tradição. Na manhã desta quarta-feira (22), Silvio Albuquerque e o secretário Fernando Schmidt relataram ao governador Jaques Wagner os preparativos para o encontro.

Debate

O encontro, que reunirá países ibero-americanos, caribenhos e africanos, terá participação limitada de representantes de cada país. Para possibilitar o envolvimento da sociedade baiana no debate, a comissão organizadora fará um calendário de eventos para discussão das questões a serem tratadas no encontro de novembro.

Para o secretário da Promoção da Igualdade Racial, Elias Sampaio, o amplo envolvimento da sociedade nos debates anteriores ao encontro será uma forma importante de preparar a participação para os dias do evento, por meio de videoconferências e redes sociais.

Entre os temas que serão debatidos pelos representantes dos países estão censo, estatística e classificação identitária, proteção ao culto de religiões afro-originárias, além de educação, diversidade e inclusão social. Também farão parte das mesas temáticas: justiça, direitos humanos e combate ao racismo, diversidade cultural e economia cultural, política de fomento ao empreendedorismo negro, qualificação, mercado de trabalho e inclusão produtiva.

O encontro terá 13 mesas temáticas e abordará ainda infância, juventude negra e preservação da vida, e continuidade cultural. Serão debatidos também os temas mulheres negras e relações de poder, territórios negros e comunidades tradicionais, políticas públicas e promoção da igualdade racial, política e fortalecimento institucional, política de saúde e atenção integral à população negra.