O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de Salvador apresentou em maio deste ano variação de 0,10%, abaixo da taxa apurada em abril (0,54%). Com este resultado, a variação acumulada chegou a 2,72%. Em maio de 2010 registrou 0,49%, segundo dados da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria do Planejamento do Estado (Seplan). No acumulado dos últimos 12 meses (junho de 2010 a maio de 2011), a taxa ficou em 3,83%, resultado abaixo do acumulado nos 12 meses imediatamente anteriores (maio de 2010 a abril de 2011), que foi de 4,23%.

Os produtos e serviços que mais contribuíram para a formação da taxa de maio, com suas respectivas variações de preços, foram resíduo do reajuste da tarifa de energia elétrica (4,79%), tarifa de água e esgoto (13,94%), gastos com empregados domésticos (2,54%), tomate (19,05%), calça comprida feminina (5,53%), saia feminina (10,95%), refeição a peso (1,39%), serviço de mão de obra para reparos no domicílio (11,51%), microcomputador e impressora (3,66%) e lanche (0,96%).

Em contrapartida, os produtos cujos preços exerceram maiores pressões negativas foram gasolina (4,81%), etanol (9,62%), pão francês (3,92%), aparelho de som (14,66%), passagem aérea (7,21%), conjunto feminino (6,67%), feijão mulatinho (5,19%), laranja pera (14,09%), automóvel novo (0,22%) e arroz (2,09%). Dos 375 produtos e serviços pesquisados mensalmente pela SEI, 169 registraram alta nos preços, 86 não tiveram alterações e 120 registraram decréscimos.

Levando-se em conta apenas os reajustes individuais, sem avaliar o peso do produto no consumo familiar, os produtos que tiveram os preços mais aumentados em maio foram tomate (19,05%), bicicleta (15,24%), tarifa de água e esgoto (13,94%), manga (11,97%), serviço de mão de obra para reparos no domicílio (11,51%), saia feminina (10,95%), lingerie e roupa íntima infantil (9,91%), prato/xícara (8,68%), roupa de dormir feminina (8,34%) e melancia (7,53%).

Considerando os agrupamentos, o maior incremento de preços foi encontrado no grupo de Habitação e encargos, com taxa de 2,20%, em razão dos reajustes em itens como tarifa de água e esgoto (13,94%), serviço de mão de obra para reparos no domicílio (11,51%) e tarifa de energia elétrica (4,79%).

O grupo Vestuário teve alta de 0,63%, seguido de Despesas pessoais (0,35%), Saúde e cuidados pessoais (0,08%). O grupo de Artigos de residência ficou estável, enquanto o de Alimentos e bebidas apresentou variação negativa de apenas -0,01%, ou seja, praticamente estável, e Transporte e comunicação, registrou deflação (-1,03%), em consequência principalmente das variações nos preços do etanol (9,62%), passagem aérea (7,21%) e gasolina (4,81%).

Custo da cesta básica aumentou 1,86%

A ração essencial mínima definida por lei (feijão, arroz, farinha de mandioca, pão, carne, leite, açúcar, banana, óleo, manteiga, tomate e café) e suas respectivas quantidades, passou a custar R$ 193 em maio deste, representando acréscimo de 1,86% quando comparado com o mês de abril. A variação acumulada no ano foi de 5,17%.

Dos 12 produtos que compõem a ração essencial mínima, sete registraram variações positivas: tomate (19,05%), feijão rajado (1,63%), manteiga (1,31%), café moído (1,10%), banana-prata (1,05%), óleo de soja (0,63%) e leite pasteurizado (0,45%). Cinco apresentaram redução no preço médio: açúcar cristal (0,42%), farinha de mandioca (0,44%), carne bovina (cruz-machado) (1,74%), arroz (2,09%) e o pão francês (3,92%).

No mês em análise, o tempo de trabalho necessário para se obter a cesta básica foi de 84 horas e 59 minutos, e o trabalhador comprometeu 35,41% do salário mínimo (R$ 545,00) para adquirir os 12 produtos da cesta.