Em maio, a taxa de desemprego na Região Metropolitana de Salvador (RMS) ficou relativamente estável, passando de 15,7%, em abril, para 15,6% da População Economicamente Ativa (PEA), em maio último. Esta é a menor taxa de desemprego registrada para os meses de maio ao longo da série da Pesquisa de Emprego e Desemprego na RMS (PEDRMS), que começou em dezembro de 1996. A PEDRMS é realizada pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria do Planejamento, em parceria com Dieese, Seade e Setre.

O contingente de desempregados no mês foi estimado em 286 mil pessoas, dois mil a menos que no mês anterior. Esse resultado deveu-se à criação de três mil postos de trabalho na região, número superior às mil pessoas que ingressaram na PEA.

No mês em análise, a taxa de participação, indicador que estabelece a proporção de pessoas com dez anos ou mais presentes no mercado de trabalho como ocupadas ou desempregadas, passou de 55,7% para 55,6%. Já o contingente de ocupados foi estimado em 1,548 milhão de pessoas, três mil a mais do que o do mês anterior.

“Os dados obtidos para a ocupação e o desemprego nesses cinco primeiros meses do ano indicam que o ano de 2011 será mais favorável que o anterior. Até o momento, o comportamento da ocupação tem sido positivo: temos mais pessoas trabalhando do que tínhamos no mesmo mês do ano de 2010, desde janeiro. Além disso, o número de pessoas desempregadas é sempre inferior ao registrado no mesmo mês do ano passado nesses cinco meses, o que também é favorável”, disse Luiz Chateaubriand, analista da PED pela SEI. Mas, segundo ele, “devemos ficar atentos para os efeitos da redução no ritmo de crescimento da economia brasileira e os seus reflexos no mercado de trabalho local”.

De acordo com os principais setores de atividade econômica analisados, o nível ocupacional cresceu no comércio (oito mil, ou 3,3%), na indústria (sete mil, ou 4,9%) e no agregado outros setores (seis mil, ou 4,5%), que inclui serviços domésticos e outras atividades. A ocupação se manteve estável na construção civil. Apenas no setor de serviços houve redução de postos (-18 mil, ou -2%).

No mês de abril, o rendimento médio real cresceu para os ocupados (2%) e assalariados (2,2%). Os valores desses rendimentos foram estimados em R$ 1.063 e R$ 1.164, respectivamente. Para o conjunto das sete regiões metropolitanas onde a PED é realizada, a tendência também foi de relativa estabilidade, com a taxa de desemprego passando de 11,1%, em abril, para os atuais 10,9%.

A pesquisa estimou um contingente de 2.410 mil desempregados em maio, 40 mil a menos do que no mês anterior. No conjunto das regiões, o nível ocupacional aumentou no comércio (93 mil, ou 3%), no agregado outros setores (59 mil, ou 3,9%) e na construção civil (24 mil, ou 1,9%), permanecendo relativamente estável nos serviços (14 mil, ou 0,1%) e na indústria (dois mil, ou 0,1%).

O nível de ocupação aumentou em Belo Horizonte (1,8%), São Paulo (1,3%), Distrito Federal (1%) e, em menor medida, Fortaleza (0,6%). Nas demais regiões esse indicador pouco se alterou no período: 0,3% em Recife, 0,2% em Salvador e -0,1% em Porto Alegre.

No ano, desemprego sofreu forte queda

Em relação a maio de 2010, a taxa de desemprego na RMS diminuiu intensamente, ao passar de 18,2% para os atuais 15,6% da PEA. No mesmo período, o contingente de desempregados diminuiu em 51 mil pessoas, como resultado da geração de 32 mil ocupações e da redução do número de pessoas no mercado de trabalho (-19 mil).

A taxa de participação passou de 57,7%, em maio de 2010, para os atuais 55,6%. Nos últimos 12 meses, o número de ocupados aumentou 2,1%, passando de 1,516 milhão para 1,548 milhão de pessoas.

Entre os setores, observou-se crescimento na indústria (25 mil, ou 20,2%), na construção civil (17 mil, ou 15,7%) e no agregado outros setores, que inclui os serviços domésticos e outras atividades (dez mil, ou 7,8%). Por outro lado, houve decréscimo no setor de serviços (-12 mil, ou -1,3%) e no comércio (- oito mil, ou -3,1%). Na comparação com abril de 2010, o rendimento médio real decresceu para os ocupados (-5,2%) e para os assalariados (-4,3%).