Uma sessão especial no plenário do Senado, em Brasília, comemorou nesta terça-feira (5) os 188 anos da Independência do Brasil na Bahia, ocorrida em 2 de Julho de 1823, quando as tropas portuguesas foram definitivamente expulsas do país. A sessão, uma iniciativa dos senadores baianos Lídice da Matta, João Durval e Valter Pinheiro, teve a participação do governador Jaques Wagner, ministros, deputados federais, secretários de Estado e lideranças dos movimentos sociais da Bahia.

O Hino ao 2 de Julho (hino oficial da Bahia) foi entoado na abertura da sessão pela cantora Márcia Short, acompanhada pelo violonista Clodoaldo Lima. Os ministros do Desenvolvimento Agrário, Afonso Florence, e das Cidades, Mário Negromonte, participaram da sessão, junto com o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), José de Castro Meira. A solenidade contou ainda com a presença de personalidades da vida cultural do estado, entre os quais os presidentes dos grupos Olodum, João Jorge, e do Ilê Ayiê, Antonio Carlos “Vovô”.

O governador lembrou que após o Grito do Ipiranga, a ideia era garantir que pelo menos o Norte e o Nordeste permanecessem sob o domínio de Portugal. Os senadores destacaram que a expulsão das tropas portuguesas da Bahia, em 1823, quase um ano depois do 7 de Setembro, foi decisiva para consolidar a independência do Brasil e salientaram a necessidade de maior conhecimento da luta em território baiano por todos os brasileiros.

“Em sua luta, irmanados com todos os brasileiros, os baianos consolidaram a independência do Brasil, assegurando a nossa unidade nacional e integridade territorial”, destacou Lídice. João Durval lembrou a presença das mulheres na luta contra os portugueses: sóror Joana Angélica, morta a baioneta ao tentar impedir a entrada de soldados portugueses no convento da Lapa, Maria Quitéria e Maria Felipa, que lutaram como voluntárias. Pinheiro ressaltou que os baianos, que venceram a “tirania” na independência, não aceitam mais conviver com tiranos.

Ao encerrar a sessão, o presidente do Senado, José Sarney, destacou que sua geração guarda a memória do 2 de Julho sobretudo porque a jornada baiana foi imortalizada no poema “Ode ao 2 de Julho”, de Castro Alves.