O presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Benjamim Zymler, e o relator das obras da Copa 2014, ministro Valmir Campelo, em visita nesta segunda-feira (4) ao canteiro de obras da Arena Fonte Nova, elogiaram o Governo do Estado pelo andamento da obra e pela escolha do modelo de Parceria Público-Privada (PPP) estabelecido para gerir e construir o estádio. Eles estavam acompanhados do governador Jaques Wagner e de secretários estaduais.

Durante a visita, os ministros conheceram a proposta de funcionamento do estádio, que, além de sediar jogos de futebol, receberá shows nacionais e internacionais, servir como espaço para negócios e entretenimento. A arena está com 20% da obra realizada – 95% da terraplenagem e 50% da fundação.

Durante o seu discurso, Zymler elogiou principalmente a capacidade que a administração PPP tem em dar retorno econômico pós-2014, já que a Arena de Salvador será multiuso, com espaços para eventos de grande e médio porte. Em sua avaliação, esta é uma maneira de dar mais utilidade ao empreendimento.

“Quero parabenizar o Governo da Bahia por optar pela modalidade PPP. Neste tipo de gestão há todo um planejamento que busca extrair do investimento o retorno econômico. Este retorno vai auxiliar na contrapartida paga pelo Estado, que depende do sucesso econômico do empreendimento. Torcemos que o modelo seja bem-sucedido. É claro que fiscalizaremos, mas vamos contribuir da melhor forma possível”, ressaltou Zymler.

Salvador é a quarta cidade-sede a receber a vistoria dos ministros do TCU. Eles já estiveram no Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Fortaleza. O objetivo é conhecer o andamento dos projetos e a aplicação do dinheiro nas obras desenvolvidas por todos os estados que vão sediar Copa do Mundo de Futebol de 2014.

Projeto executivo não é necessário em uma PPP

O TCU é responsável pelo controle dos recursos públicos federais destinados à Copa do Mundo 2014. De acordo com o presidente do TCU, Benjamim Zymler, numa PPP não é necessário apresentar um projeto básico do Executivo para licitar. É preciso apenas mostrar alguns elementos deste projeto. Entretanto, esta é uma das exigências do Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) para conceder o empréstimo às empresas.

“O projeto executivo vai sendo elaborado de acordo com o andamento da obra. Uma coisa é o projeto executivo para a PPP, que vai sendo elaborado. Outra é o conjunto de informações que o BNDES precisa ter para se sentir seguro para o empréstimo”, disse Zymler. Para garantir a liberação dos recursos, a empresa responsável pela Arena estabeleceu um calendário de apresentação do projeto executivo, que será feita em 26 projetos, sendo que nove deles já foram expostas ao Tribunal de Contas do Estado.

“Tudo que estava à nossa disposição a título de informação foi disponibilizado. O TCE liberou a primeira parcela de 20% do empréstimo do BNDES para as obras da Arena. Continuamos conversando com os dois órgãos de tal forma que a gente possa esclarecer todo o projeto para que o fluxo da obra continue normal”, afirmou o governador Jaques Wagner. No total, o estádio está orçado em R$ 591 milhões.

Estrutura

O estádio, que ocupará uma área de 121.189 metros quadrados, será um equipamento multiuso, com capacidade para 50 mil espectadores em três níveis de arquibancadas com assentos cobertos, 70 camarotes, restaurante panorâmico com vista para o estádio e o Dique do Tororó e cerca de duas mil vagas de estacionamento.

A estrutura abrigará também sala de imprensa, quiosques, elevadores, sanitários, museu do futebol, fun shop e business lounge, que funciona independente dos jogos, e cobertura de estrutura metálica leve. Além de abrigar jogos da Copa de 2014, a Arena Fonte Nova também será sede da Copa das Confederações, em 2013, da Copa América de Futebol, em 2015, e dos jogos de futebol masculino e feminino das Olimpíadas de 2016.

Publicada às 14h30
Atualizada às 22h55