A Fundação Pedro Calmon promove na segunda-feira (4), às 9h, uma reunião para assinatura do Termo de Acordo e Compromisso (TAC) com os vencedores dos editais 2009 e 2010. Voltados para apoio a projetos de incentivo à leitura, edição de autores baianos e cultura negra e LGBT, os 22 projetos aprovados possuem uma diversidade temática envolvendo áreas como comunicação, religiosidade, leitura, gênero, quilombos, cinema e capoeira, dentre outras.

Dentro do conjunto, serão contempladas iniciativas da capital, da Região Metropolitana de Salvador e de municípios do interior da Bahia. Alguns são voltados para o público infanto-infantil, a exemplo do livro O Poderoso Chinelinho, de Maria José Simões Gonçalves, ou para o combate à homofobia, como a 1ª Parada da Diversidade da Chapada Diamantina, proposta por Edicácio Souza de Jesus.

Há também ideias de incentivo à leitura, como o projeto Praquele, da Associação de Estudantes de Ciências de Paulo Afonso, no Território de Identidade Itaparica. A convergência entre essas iniciativas é a propagação do conhecimento e a abrangência ao maior público possível.

Entre os contemplados, a Associação Cultural de Preservação do Patrimônio Bantu (Acbantu) foi selecionada no edital de 2009, de cultura negra, com o projeto Kizooga Bantu Taanu: As Heranças do Povo Bantu na Bahia Escritas por seus Descendentes.

Comunidades quilombolas

Para a gestora da Acbantu, Ana Maria Placidino, o projeto ajudará a canalizar todas as pesquisas realizadas pela organização, além de difundir e preservar a cultura Bantu em todo o estado, principalmente em comunidades quilombolas. “Além de fortalecer as pesquisas da associação, o projeto vai promover um compartilhamento da oralidade, por meio de cartilha, e a preservação do patrimônio cultural Bantu com as oficinas de linguística e culinária”.

Integrante da equipe de coordenação de editais da FPC, Sesnando Melo Santos disse que esses projetos possuem importantes contribuições em suas respectivas áreas e que foram contemplados pela abrangência de seu público-alvo. “O objetivo é que esses projetos possam promover, em seus respectivos lugares, mais acesso à cultura e ao conhecimento, por meio da leitura, da informação, do respeito e da valorização das culturas identitárias”.