As riquezas paisagísticas, ambientais, arqueológicas e dos bens culturais da região de Morro do Chapéu serão mostradas a partir deste sábado (9) na exposição que inicia as comemorações pelos 102 anos de criação do município, localizado a 390 quilômetros de Salvador. A exposição reúne processo e resultados do trabalho que a Universidade Federal da Bahia (Ufba) e o Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac) vêm realizando há dois anos na Chapada Diamantina.

A visita, gratuita, poderá ser feita até o dia 16 deste mês, de segunda a sexta-feira, das 8h às 20h, e aos sábados e domingos das 16h às 22h, no Mercado Cultural, no centro da cidade. “Essa mostra integra o projeto Circuitos Arqueológicos, que pretende criar roteiros de turismo cultural na Chapada, mostrando que os patrimônios culturais podem ser vetores eficientes para o desenvolvimento sustentável desses municípios”, explica a coordenadora de Educação Patrimonial do Ipac, Ednalva Queiroz.

São 150 fotografias que resgatam as atividades do projeto, mais 24 fotos impressas em papel fotográfico, coloridas e em preto e branco, com tamanho 30×40, tiradas por jovens moradores de comunidade quilombola a 15 quilômetros do centro, e outras que retratam sítios arqueológicos e pinturas rupestres da região.

“Estão expostos ainda 100 objetos originários dos séculos XVIII, XIX e XX, pertencentes a moradores da cidade, que os restauraram por conta própria, a partir das atividades do projeto Circuitos Arqueológicos”, afirma Ednalva, lembrando que os cursos de conservação, fotografia, educação patrimonial e arqueologia oferecidos gratuitamente pelo Ipac e Ufba despertaram mais consciência e participação dos moradores, propiciando o surgimento de multiplicadores para ações de salvaguarda dos bens culturais locais.

Ainda de acordo com a coordenadora, a próxima etapa será consolidar o grupo de agentes patrimoniais para implantar roteiros que atraiam turistas regionais, estaduais, nacionais “e até, quem sabe, internacionais”. As secretarias estaduais de Turismo (Setur), Desenvolvimento Urbano (Sedur), Meio Ambiente (Sema), além das prefeituras, empresas privadas, agências e guias de turismo serão igualmente mobilizados para integrar os Circuitos Arqueológicos. Desde 2008, o Ipac e a Ufba realizam pesquisas e mapeamento do acervo arqueólogico-cultural da região para criar esses circuitos. Mais informações pelo telefone (71) 3116-6737 e no site do Ipac