Representantes do Banco Mundial (Bird) estiveram reunidos na manhã desta sexta-feira (8), com a equipe de execução do Projeto Mata Branca, na Secretaria de Meio Ambiente do Estado da Bahia (Sema), para avaliar o andamento do projeto no estado. O Mata Branca vem sendo desenvolvido na região da Caatinga pelos governos da Bahia e do Ceará, para a conservação deste bioma. A proposta é promover o desenvolvimento sustentável da região e a melhoria da qualidade de vida das comunidades.

Na Bahia, o projeto vem sendo coordenado pela Sema e pela Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), nos municípios de Curaçá, Jeremoabo, Contendas do Sincorá e Itatim. Com o financiamento de US$ 5 milhões, disponibilizado pelo Bird, além do plano de manejo, criação e apoio de conselhos gestores, estão sendo desenvolvidas estudos sobre sítios arqueológicos, recuperação de bacia hidrográfica e capacitação técnica dos integrantes.

Subprojetos 

Durante a permanência no estado, representantes do Bird, estiveram em Curaçá (592 quilômetros de Salvador), para verificar o andamento dos 17 subprojetos existentes na região que integram o Mata Branca, voltados para a geração de renda e recuperação de áreas degradadas.

No assentamento Novo Horizonte, localizado no município, 30 famílias estão sendo beneficiadas com a produção agroecológica integrada sustentável e na comunidade de Jaquinicó, vem sendo desenvolvida a Unidade de Beneficiamento de Frutas da Caatinga (Coopercuc). Além disso, os representantes avaliaram o viveiro educador, elaborado com a participação de alunos e professores da rede pública do município.

De acordo com a coordenadora do projeto pela CAR, Érica Amaral Lima, atualmente existem 43 subprojetos demonstrativos de diversas modalidades em execução em áreas de atuação do Mata Branca. “A previsão é que até agosto deste ano, seja finalizada a elaboração de mais 40 subprojetos, que no momento estão sendo discutido com as comunidades”, informou.

Crescimento 

“É satisfatório verificar o crescimento do Mata Branca no estado, nestes cinco anos de atuação. Na Bahia, destaco a atuação das atividades socioambientais representadas pelos trabalhos com as comunidades nas diversas modalidades”, avaliou Judith Lisansky, gerente do Projeto pelo Banco Mundial (Bird).

Na oportunidade, Judith chamou a atenção ainda para a necessidade de fortalecer o componente de políticas públicas para Áreas de Proteção Ambiental na abrangência do projeto. “A Caatinga é um desafio para todos os estados pelo histórico da pobreza e fragilidade, porém reconhecemos o valor do bioma, e faremos o possível para apoiar no gerenciamento e finalização das ações”, disse.

Como tarefa para continuidade do projeto na Bahia, ficou estabelecido o compromisso de revisar o Plano Operativo Anual – POA 2011, em decorrência do curto prazo para execução de algumas atividades pré-estabelecidas. De acordo com o diretor de Programas e Projetos da Sema, Cláudio Mello, os instrumentos de políticas ambientais dos projetos serão revisados para garantir eficiência e otimização das atividades nas áreas de interesse do projeto no bioma Caatinga.