Em junho, o comércio varejista da Bahia apresentou expansão de 10,4% em relação ao mesmo mês de 2010. Na comparação com maio de 2011, a variação foi positiva em 0,63%. As informações são da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgadas com análise da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria do Planejamento (Seplan).

A expansão do comércio varejista baiano foi motivada, principalmente, pela comemoração do Dia dos Namorados e festas do São João, que impulsionaram o crescimento das vendas de televisores, aparelhos celulares, vestuário, calçados, perfumaria, joias e semijoias.

Na avaliação do economista da SEI, André Luís Melo, “a expansão da atividade comercial varejista em níveis elevados, até junho, reflete as condições mais propícias de emprego e renda favorecidas pelo fortalecimento do mercado interno no estado”. Nos últimos 12 meses, foram registradas variações positivas, que levaram o comércio baiano à expansão de 8,6%. Já, no acumulado dos primeiros cinco meses deste ano, a variação do volume de vendas ficou em 8,8%.

Segmentos

Em relação a junho do ano passado, apenas o setor de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação apresentou queda (43,3%). Os demais ramos apresentaram resultados positivos – livros, jornais, revistas e papelaria (34,1%), móveis e eletrodomésticos (22,9%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (13,9%), tecidos, vestuário e calçados (12,7%), combustíveis e lubrificantes (11,7%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (11,0%), hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (3,9%).

Nos segmentos que não integram o indicador do varejo, houve expansão nas vendas de veículos, motocicletas, parte de peças (14,4%) e recuo nas de material de construção (-1,4%). Em relação à variação negativa no ramo de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, em junho deste ano, o economista André Luís Melo explica que “com o aumento da renda de parte da população, e a taxa de câmbio favorável, o acesso a esses produtos no exterior, em viagens internacionais, ficou facilitada”.

Segundo dados do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de Salvador, no mês de junho, os itens microcomputador e impressora tiveram aumento nos preços, o que também colaborou para a redução do consumo desses itens.