O governador Jaques Wagner participa, nesta quinta-feira (1º), no Centro de Convenções Sulamérica, no Rio de Janeiro, do Brazil Windpower 2011, principal evento dedicado ao desenvolvimento de negócios e projetos de produção de energia eólica no Brasil e América Latina.

Durante o encontro, iniciado nesta quarta (31) e que se estende até sexta (2), serão discutidos assuntos de interesse da Bahia como financiamento, estruturação para a expansão dessa fonte energética no Brasil e ampliação da oferta de equipamentos para o setor. Organizado pelo Conselho Mundial de Energia Eólica (GWEC), Associação Brasileira de Energia Eólica e Grupo CanalEnergia, o Brazil Windpower inclui uma feira com mais de 100 empresas expositoras.

Às 16h, o governador e o secretário de Indústria, Comércio e Mineração, James Correia, reúnem-se com representantes da empresa Vestas para discussão da proposta de implantação de uma unidade da fábrica na Bahia. Às 16h30, Wagner e Correia têm reunião com membros da ABEEólica para falar sobre a energia éolica no estado e estreitamento de laços entre o governo baiano e a empresa. Às 17h, o governador fará um pronunciamento.

A Bahia, que detém grande potencial no segmento eólico, está ampliando os negócios e investimentos no setor. O estado se destacou, inclusive, no último leilão de energia eólica (A-3) realizado, em meados de agosto, pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) do governo federal, ao adquirir 18 dos 78 empreendimentos leiloados, totalizando 414,4 megawatts (MW).

Equipamentos 

O estado também está sendo preparando para implantar um parque industrial destinado à produção de equipamentos de energia eólica. A Gamesa foi a primeira do segmento a se instalar no Polo Industrial de Camaçari, em julho, para produzir turbinas eólicas. A empresa espanhola investiu R$ 50 milhões na unidade baiana que vai fabricar, nesta primeira etapa, motores com capacidade para 300 MW/ano.

Até o final do ano, a francesa Alstom prevê a inauguração de uma indústria na Bahia, com capacidade instalada de 300 MW/ano e investimento de R$ 50 milhões. Em 2012, será a vez da implantação da Torres Eólicas do Brasil – Torrebrás, que construirá as torres gigantes para os aerogeradores. A empresa investirá R$ 21 milhões e deverá gerar 235 empregos diretos na fase inicial de produção.

Incentivo 

Com o último leilão de agosto, a Bahia passa a contar com 52 projetos eólicos em instalação ou previstos para serem implantados. Quando em funcionamento, segundo o secretário da Indústria, Comércio e Mineração, James Correia, o sistema eólico irá acrescentar 1.414,4 mil MW à rede elétrica.

O Governo da Bahia tem incentivado a implantação de novos empreendimentos de geração de energia, principalmente a partir de fontes renováveis, com destaque para a eólica, que promove diversificação da matriz energética do estado, não agride o meio ambiente, é inesgotável, não emite gases poluentes nem gera resíduos, além de reduzir a emissão de gases de efeito estufa.