Implantar uma indústria para processar o guaraná produzido no Território de Identidade Baixo Sul foi o desafio lançado pela Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária (Seagri), em Taperoá, na reunião da Câmara Setorial do Guaraná, que contou com a participação de secretários de Agricultura dos municípios da região, produtores, associações, agentes financeiros e cooperativas. A meta inicial é colocar em atividade uma indústria em Nilo Peçanha, implantada há mais de seis anos, mas que nunca funcionou por questões técnicas, com equipamentos inadequados.

Outro tema discutido na reunião da Câmara foi a realização de um concurso para escolher o melhor guaraná da Bahia. O certame será lançado no final do mês de novembro deste ano, durante a ExpoInter Guaraná, evento que reúne todos os elos da cadeia no município da Taperoá e que vai marcar as comemorações dos 450 anos da cidade. O secretário Eduardo Salles explicou que o concurso tem o objetivo de estimular os agricultores a buscar a excelência dos processos produtivos e qualificar o produto.

Para a diretora de Desenvolvimento Econômico da Semade, Daniella Magalhães, a implantação de uma agroindústria no território resolverá um dos maiores gargalos da agricultura familiar, que é a comercialização. Ela disse que muitas conquistas se somam à história do guaraná como a criação da Câmara Setorial do Guaraná e o Concurso do Melhor Guaraná da Bahia.

Taperoá é o maior produtor de guaraná do Brasil, com 1,7 mil hectares plantados e produção anual de 371 toneladas. A produtividade é de 430 quilos por hectare, segundo dados do IBGE de junho deste ano. Salles reafirmou que a agroindustrialização da Bahia é prioridade para o governo e destacou que “Taperoá e o baixo sul não podem ficar de fora desse processo”.