As 83 espécimes de micos leões de cara dourada, macacos prego do peito amarelo e saguis, entre outros primatas que vivem no Zoológico de Salvador, ganharam uma nova morada. O ambiente, que será inaugurado nesta sexta-feira (2), às 14h, é mais uma etapa da reestruturação do parque, um projeto inédito no Nordeste, que visa proporcionar aos animais conforto e bem estar.

De acordo com o coordenador do parque, Gerson Norberto, o espaço permitirá uma maior proximidade do público com os animais de maneira segura tanto para o animal quanto para o visitante. A nova estrutura possibilitará fazer o agrupamento e organização das famílias de primatas da Mata Atlântica que vivem no Zoo e as demais que em breve serão abrigadas.

O processo de reestruturação de grupos familiares, segundo Norberto, é muito importante. Com a convivência, os espécimes se entrosam e depois de organizados eles serão encaminhados para programas de soltura e reintrodução realizados pelo Instituto Brasileiro de Recursos Naturais e Renováveis (Ibama), a Secretaria do Meio Ambiente do Estado (Sema) e o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), além de permitir a reintrodução do animal em seu habitat natural, em áreas de reserva.

Interação 

O novo habitat dos primatas faz parte da terceira etapa da reforma no parque, iniciada em 2007. “A ideia é fazer do Zoo uma instituição em prol a vida animal, onde os visitantes possam interagir com as espécies sem perder o foco do cuidado com os animais”, afirmou Norberto, destacando ainda que o Zoo de Salvador é uma das poucas opções de lazer onde o público pode ter momentos junto à natureza e receber informações sobre o meio ambiente.

Próximas mudanças 

Em continuidade à sua reestruturação estão em andamento mais três outras etapas dos 29 novos setores que integram o plano diretor elaborado pela equipe responsável pelo Zoo como uma passarela das baleias jubartes, projeto em que permitirá ao público, por meio de lunetas, avistar as baleias que passam na orla em frente à praia da Ondina.

Além disso, segundo Gerson Norberto, serão criados os setores para as tartarugas marinhas, que consiste no trabalho de manejo e educação ambiental desses animais, e para serpentes e anfíbios, destinado a possibilitar ao ver de forma subterrânea o habitar das serpentes e anfíbios do Brasil.

Melhorias 

Os visitantes já podem apreciar no Zoo de Salvador a casa dos dez Felinos Selvagens Brasileiros. Onças pintadas e pretas e as sussuaranas vivem hoje numa área com 42% a mais de espaço. As jaulas e as grades foram substituídas por vidro laminado, a fim de proteger e respeitar os aspectos fisiológicos e comportamentais dos animais.

Outra novidade é o novo aviário. As ararajubas, canários, cardeais e azulões, entre outras aves, vivem no parque num cenário composto por cachoeiras e córregos, onde toda a água utilizada é filtrada e reutilizada, além de uma vegetação nativa dos biomas Mata Atlântica, Caatinga e Manguezal que ganha harmonia e se completa com o som dos pássaros.