Resultados obtidos em pesquisas aplicadas pela Superintendência de Estudos Sociais e Econômicos da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria do Planejamento do Estado (Seplan), em parceria com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), apontam para o sucesso do estado na realização dos Objetivos do Milênio. Dois exemplos são a redução da pobreza, objetivo número um, cujo indicador até 2008 já havia caído para menos de um quarto do observado em 1990, e a redução da mortalidade infantil para crianças até cinco anos de idade, indicador traçado pela ONU que, na Bahia, em 1990, estava em 60 por mil e agora passou para 21 a cada mil crianças.

“Isso é um ganho considerável neste intervalo e estamos muito próximos de alcançar a meta, que é reduzir em dois terços do total verificado de mortalidade infantil em 1990”, afirma o coordenador de Pesquisas Sociais da SEI, Armando Castro. Ele diz também que, em relação à diminuição da pobreza, a meta é reduzir pela metade o número de pessoas nesta situação, se comparados os indicadores de 1990 e 2015.

“Nós realizamos o acompanhamento a partir de uma parceria com o Ipea, que está trabalhando em 11 estados. O relatório da Bahia se encontra em fase de conclusão. Estamos com os trabalhos adiantados e vamos lançar muito em breve o primeiro Relatório de Acompanhamento dos Objetivos do Milênio na Bahia”, informa Castro.

Objetivos 

Os Objetivos do Milênio visam a melhora da vida humana, a promoção dos princípios de igualdade e equidade e foram traçados na Declaração do Milênio, assinada por 191 países no ano de 2000, em Nova York. São 18 metas distribuídas em oito objetivos – erradicar a extrema pobreza e a fome, universalizar o ensino primário, promover a igualdade entre os sexos e a autonomia das mulheres, reduzir a mortalidade infantil, melhorar a saúde materna, combater o HIV e outras doenças, garantir a sustentabilidade ambiental e estabelecer uma parceria mundial para o desenvolvimento.

Segundo Castro, este é um trabalho feito pela SEI, por meio do levantamento rigoroso de dados. “Seguimos uma metodologia robusta, discutida em parceria com o Ipea e os outros estados, tentando adaptar as metas nacionais e internacionais à realidade das unidades da federação. Nem todos os indicadores traçados pela Organização das Nações Unidas (ONU) podem ser aplicados e mensurados na realidade dos estados”.