Pelo quarto mês consecutivo, a taxa de desemprego na Região Metropolitana de Salvador (RMS) mantém relativa estabilidade, segundo informações da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), realizada pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), da Secretaria do Planejamento (Seplan), em parceria com o Dieese, Seade e Setre.

A taxa de desemprego na RMS passou de 15,5%, em junho, para 15,6% da População Economicamente Ativa (PEA), em julho último. Em relação a julho de 2010, a taxa diminuiu, ao passar de 16,9% para os atuais 15,6% da PEA.

Em julho, o contingente de desempregados foi estimado em 291 mil pessoas, cinco mil a mais que no mês anterior. Esse resultado foi devido à criação de 16 mil postos de trabalho na região, número inferior às 21 mil pessoas que ingressaram na PEA. A taxa de participação (proporção de pessoas com dez anos ou mais presentes no mercado de trabalho como ocupadas ou desempregadas) passou de 55,8% para 56,3%.

Na RMS, o contingente de ocupados foi estimado em 1.574 mil pessoas, 16 mil a mais do que o do mês anterior. De acordo com os principais setores de atividade econômica analisados, o nível ocupacional diminuiu na construção civil (-6 mil, ou -4,7%) e na indústria (-3 mil, ou -2,1%). Já a ocupação aumentou no setor de serviços (14 mil, ou 1,6%), no agregado outros setores, que inclui serviços domésticos e outras atividades (6 mil, ou 4,3%), e no comércio (5 mil, ou 1,9%).

Quanto ao tipo de inserção, o contingente de trabalhadores assalariados ficou relativamente estável em relação ao mês anterior (-1 mil, ou -0,1%). O setor público cresceu (5 mil, ou 2,6%), enquanto que o setor privado apresentou decréscimo (-5 mil, ou -0,6%).

Dentro do setor privado, verificou-se redução tanto no contingente de trabalhadores com carteira assinada (3 mil, ou 0,4%) quanto no dos sem carteira de trabalho (2 mil, ou 1,6%). Registrou-se aumento no contingente dos trabalhadores autônomos (15 mil, ou 4,9%) e também no dos domésticos (4 mil, ou 3,3%), e retração no agregado outros setores, que inclui os empregadores, trabalhadores familiares e donos de negócios familiares (2 mil, ou 3,3%)

No mês de junho, o rendimento médio aumentou para os ocupados (0,4%) e assalariados (0,7%). Os valores foram estimados em R$ 1.051 e R$ 1.155, respectivamente.

Para o conjunto das sete regiões metropolitanas onde a PED é realizada, a tendência também foi de estabilidade, com a taxa de desemprego permanecendo em 11%. A pesquisa estimou um contingente de desempregados de 2.441 mil pessoas, 14 mil a mais do que no mês anterior.

Segundo outros setores de atividade no conjunto das regiões, o nível ocupacional cresceu no comércio (40 mil, ou 1,2%), na indústria (36 mil, ou 1,2%), no agregado outros setores (12 mil, ou 0,8%) e, em menor proporção, na construção civil (6 mil, ou 0,5%) e variou negativamente nos serviços (-27 mil, ou -0,3%).

O nível de ocupação aumentou em Belo Horizonte (1,2%), Salvador (1%) e Fortaleza (0,7%), permaneceu em relativa estabilidade em São Paulo (0,3%), Porto Alegre (0,1%) e no Distrito Federal (0,1%), e diminuiu apenas em Recife (-1,2%).

Mercado de trabalho apresentou melhora na comparação com 2010

Em relação a julho de 2010, a taxa de desemprego diminuiu, passando de 16,9% para os atuais 15,6% da PEA. No mesmo período, o contingente de desempregados diminuiu em 25 mil pessoas, como resultado da geração de 23 mil ocupações e do decréscimo do número de pessoas no mercado de trabalho (2 mil).

Nos últimos 12 meses, o número de ocupados aumentou 1,5%, passando de 1.551 mil para 1.574 mil pessoas. Houve crescimento no agregado outros setores, que inclui os serviços domésticos e outras atividades (21 mil, ou 16,8%), na construção civil (11 mil, ou 9,8%), no comércio (11 mil, ou 4,3%) e na indústria (10 mil, ou 7,6%). Por outro lado, registrou-se decréscimo no setor de serviços (-30 mil, ou -3,2%).