Encontro reúne no Recôncavo capoeiristas de todos os continentes

Mestres e capoeiristas brasileiros e estrangeiros, além de admiradores da arte, estiveram reunidos, até esta segunda-feira (1º), em Cachoeira, para o XVII Encontro de Capoeira Angola. O evento, que foi realizado pela Fundação Internacional de Capoeira Angola (Fica-Bahia) e contou com o apoio da Bahiatursa, ocorreu na Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) e promoveu o encontro entre capoeiristas de diversos lugares para a troca de conhecimentos e saberes, com base na tradicional cultura afro-brasileira.

No encontro representantes de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais e países como México, Rússia, Canadá, Estados Unidos, Costa Rica participaram de palestras, workshops e oficinas. Para a gestora do Escritório Internacional de Capoeira e Turismo da Secretaria do Turismo da Bahia (Setur), Tâmara Azevedo, a capoeira tem uma função muito importante no segmento do turismo étnico-afro e pode ter em seus grupos e mestres grandes promotores do Destino Bahia.

A Fica conta com mais de 36 sedes espalhadas em todo o mundo, o que, segundo o Mestre Cobra Mansa, contribui para a disseminação da cultura baiana e da língua portuguesa por meio da arte/luta. "Hoje em dia a capoeira é a maior divulgadora da língua portuguesa no mundo. As pessoas vêm à Bahia por causa da capoeira e querem aprender a falar o nosso idioma. Nós levamos muito da nossa cultura para fora do país".

A mexicana Guadalupe Luna, 27 anos, falou da ligação que tem com a arte. "Eu estudo dança e procurava algo que tivesse uma expressão cultural forte e foi assim que encontrei a capoeira”. A estudante londrina, Safaa Uslali, disse que já conhecia a Bahia, mas que esse era o primeiro contato com a capoeira praticada no estado. Durante as oficinas, os estudantes fizeram as tradicionais rodas de capoeira com a presença e supervisão dos grandes mestres.

Rota da Liberdade 

Para o encerramento do encontro, os estudantes desfrutaram de um dia de visita em alguns dos quilombos da região do Iguape, no Recôncavo. O passeio contou com o suporte do projeto Rota da Liberdade, que conta com o apoio da Setur e orienta os visitantes sobre a história e a cultura do destino.