Até esta sexta-feira (30) será entregue ao Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac), depois de seis meses de elaboração, o Projeto Arquitetônico de Restauração do Forte de Monte Serrat. O monumento fica às margens da Baía de Todos-os-Santos, na península de Itapagipe, em Salvador, e é originário do período entre o final do século 16 e início do século 17.

Com investimento de R$ 100 mil do Fundo de Cultura do Estado, o projeto foi realizado graças aos editais da Secretaria de Cultura (Secult), que atendem também a área de patrimônio cultural edificado. A fortaleza é de propriedade do Exército, sendo tombada como monumento nacional desde 1957 pelo Ministério da Cultura (MinC).

Estimada em cerca de R$ 3,5 milhões, a execução das obras só deve acontecer após a obtenção desses recursos, que podem ser captados pelo proprietário do antigo prédio ou pelo órgão federal que tombou o imóvel desde 1957, no caso, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), vinculado ao MinC.

Antes, o projeto será analisado ainda pela Diretoria de Obras e Restauro (Dipro) do Ipac, depois pelo Iphan, para aprovação final, e finalmente entregue ao proprietário, que é o Ministério do Exército. Com o projeto arquitetônico finalizado, será mais fácil ser aprovado em linhas de financiamento estaduais, federais e até internacionais.

“Os editais do Ipac contemplam projetos da sociedade civil para a preservação de bens culturais baianos reconhecidos oficialmente pelo Estado ou pela União”, afirmou o diretor-geral do instituto, Frederico Mendonça. Segundo ele, de 2008 a 2010, o Ipac já investiu mais de R$ 2 milhões em editais, beneficiando dezenas de municípios baianos. “Já estão sendo executados, ao todo, 72 projetos”. Educação patrimonial, realização de inventários, registros de bens culturais, difusão e dinamização de patrimônios são algumas das categorias contempladas.