Para proteger a vida, o patrimônio e a economia dos baianos, o Mapa de Riscos do Estado da Bahia, com a respectiva metodologia e forma de participação de instituições, foi apresentado, nesta terça-feira (20), na sede do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Bahia (Inema), em Salvador. Participaram, representantes de instituições públicas, privadas e de ensino.

Durante a apresentação, promovida pela Coordenação Estadual de Defesa Civil (Cordec), órgão da Secretaria de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza (Sedes), o professor Antonio Edésio Jangler, diretor do Centro Universitário de Pesquisas e Ensino sobre Desastres (Ceped), da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), ministrou um workshop sobre o tema.

Segundo o coordenador da Cordec, Salvador Brito, o mapa irá indicar riscos de toda natureza existentes na Bahia. “Este trabalho visa capacitar o Estado para gerenciar e monitorar todos os riscos, de natureza ambiental, tecnológica ou química. Com isso, o governo vai dispor de ferramentas para minimizar, enfrentar ou eliminar acontecimentos como a seca, que enfrentamos todos os anos no semiárido e que atinge milhares de baianos”.

De acordo com Brito, é importante a preparação territorial do estado, devido à diversidade da população e ao processo de desenvolvimento industrial e tecnológico. “É preciso estar preparados para este processo de desenvolvimento, que pode expor a população a uma série de problemas como a perda de vidas ou prejuízos sociais e econômicos. Por isso, essa ferramenta gerencial será tão importante”.

O coordenador disse que em breve começarão as atividades propriamente ditas para a elaboração do mapa e ressaltou a importância da parceria com instituições públicas e privadas. “O Estado tem a competência de gerenciar e monitorar alguns riscos, geralmente situações localizadas dentro de municípios, onde vamos trabalhar conjuntamente com as prefeituras. Também trabalharemos com instituições privadas como a Petrobras e o Comitê de Fomento Industrial de Camaçari [Cofic], porque são segmentos que geram atividades de riscos”.

Experiência

Representante do Cofic, João Hamilton Souza participou da primeira reunião promovida pela Cordec há um mês e retornou para a apresentação. Segundo ele, as empresas do Polo Industrial de Camaçari serão um dos temas envolvidos. “Já fizemos um mapa de riscos da região, temos um programa de gerenciamento de riscos feito com base nestes estudos e poderemos contribuir com este conhecimento, em função de já termos alguma experiência nessa área. Estamos à disposição para fornecer as informações necessárias para este mapa”.

Segundo Souza, o mapa de riscos é fundamental para a população de uma maneira geral. “Não temos somente os riscos das empresas, mas há outros, a exemplo de inundações, alagamentos, todos eles serão analisados. A população sairá ganhando de uma maneira geral com este mapeamento dos riscos que poderão afetá-la”.

Pela Millenium Chemicals, Argemiro Marinho disse que é importante a participação da empresa por questões de saúde, segurança e meio ambiente. “Podemos oferecer a parte prática, a vivência do dia a dia, os perigos e riscos que existem na empresa. E o governo pode levar para as indústrias a parte gerencial e de ajuda na prevenção de riscos”.