Em uma ação rápida, que durou menos de 30 minutos, policiais civis controlaram a rebelião dos presos custodiados na carceragem do Complexo Policial Investigador Bandeira, em Feira de Santana, a 112 quilômetros de Salvador, iniciada às 9h, desta sexta-feira (23). No local estão instaladas a 1ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin) e as Delegacias de Tóxicos e Entorpecentes (DTE), de Repressão a Furtos e Roubos (DRFR) e 1ª Delegacia Territorial (DT).

Um dos presos fez refém o coordenador da carceragem, investigador Marivaldo Novaes. Outros internos também foram feitos reféns pelos rebelados. Os presos colocaram fogo em colchões, travesseiros e lençóis amontoados na entrada da carceragem. Para conter o protesto, policiais deram tiros para alto.

Outro preso, de pré-nome Edmilson, sofreu queimaduras provocadas pelo fogo ateado na carceragem e foi levado ao Hospital Cleriston Andrade, em Feira, mas devido à gravidade dos ferimentos, acabou sendo transferido para o Hospital Geral do Estado (HGE), em Salvador. A Polícia Militar foi chamada para garantir o controle da situação.

O Complexo Policial Investigador Bandeira tem capacidade para 50 custodiados, mas abrigava 138 internos no momento da rebelião. Depois de controlado o movimento, a 1ª Coorpin iniciou a transferência de 60 internos. Trinta deles estão sendo levados para o presídio de Feira de Santana, outros 20 para o presídio de Serrinha e dez para o de Esplanada.

A polícia investiga agora de onde partiu o tiro que atingiu o coordenador da carceragem, assim como os motivos que levaram o preso Edmilson a sofrer queimaduras durante a rebelião.