Taxa de desemprego permanece estável na Região Metropolitana de Salvador

A taxa de desemprego na Região Metropolitana de Salvador (RMS) permaneceu estável no mês de agosto, segundo informações da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), realizada pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria do Planejamento (Seplan), em parceria com o Dieese, Seade e Setre.

No período, a taxa permaneceu em 15,6% da População Economicamente Ativa (PEA), mesmo resultado encontrado em julho. Essa é a menor taxa registrada para os meses de agosto ao longo da série. Em relação a agosto de 2010, a taxa de desemprego diminuiu, ao passar de 16,3% para os atuais 15,6% da PEA.

Em agosto, o contingente de desempregados foi estimado em 295 mil pessoas, 4 mil a mais que no mês anterior. Esse resultado deveu-se a criação de 20 mil postos de trabalho na região, número inferior às 24 mil pessoas que ingressaram na População Economicamente Ativa (PEA).

Nível ocupacional 

O contingente de ocupados foi estimado em 1.594 mil pessoas, 20 mil a mais do que o do mês anterior. Segundo os principais setores de atividade econômica analisados, o nível ocupacional elevou-se no setor de Serviços (19 mil ou 2,1%), na Construção Civil (5 mil ou 4,1%), no Comércio (2 mil ou 0,8%) e no agregado Outros Setores – que inclui serviços domésticos e outras atividades (1 mil ou 0,7%); e decresceu na Indústria (-7 mil ou -4,9%).

Segundo o tipo de inserção ocupacional, o contingente de trabalhadores assalariados ficou relativamente estável em relação ao mês anterior (-1 mil ou – 0,1%). Houve estabilidade relativa no setor privado (4 mil ou 0,5%) e decréscimo no setor público (-5 mil ou -2,6%).

No interior do setor privado, verificou-se crescimento no contingente de trabalhadores sem carteira assinada (3 mil ou 2,4%) e estabilidade no contingente de trabalhadores com carteira de trabalho (1 mil ou 0,1%). Também foi registrado aumento no contingente dos trabalhadores autônomos (13 mil ou 4,0%), de domésticos (4 mil ou 3,1%) e no agregado Outros Setores, que inclui os empregadores, trabalhadores familiares e donos de negócios familiares (4 mil ou 6,9%).

Relativa estabilidade

No mês de julho, o rendimento médio real diminuiu para os ocupados (-3,0%) e para os assalariados (-3,5%). Os valores desses rendimentos foram estimados em R$ 1.026 e R$ 1.121, respectivamente. Seguindo a mesma tendência, a massa de rendimentos decresceu para os ocupados (-2,5%) e para os assalariados (-4,4%).

Para o conjunto das sete regiões metropolitanas onde a PED é realizada, a tendência foi de relativa estabilidade, com a taxa passando de 11,0%, em julho, para os atuais 10,9%.

O nível de ocupação aumentou em Recife (1,6%), Salvador (1,3%), Porto Alegre (1,1%) e Fortaleza (0,7%), permaneceu em relativa estabilidade no Distrito Federal (0,3%) e diminuiu em Belo Horizonte (-1,0%) e São Paulo (-0,6%).

Segundo setores de atividade, no conjunto das regiões, o nível ocupacional variou negativamente no Comércio (-19 mil postos de trabalho, ou -0,6%), na Indústria (-18 mil, ou -0,6%), no agregado Outros Setores (-11 mil, ou -0,7%) e na Construção Civil (-3 mil, ou -0,2%). Apenas nos Serviços a variação foi positiva (47 mil, ou 0,4%).

Mercado de trabalho apresentou melhora na comparação com 2010

Em relação a agosto de 2010, o mercado de trabalho apresentou melhora. A taxa de desemprego diminuiu de 16,3% para os atuais 15,6% da População Economicamente Ativa (PEA).

No mesmo período, o contingente de desempregados diminuiu em 15 mil pessoas, como resultado da criação de 3 mil ocupações e do decréscimo do número de pessoas no mercado de trabalho (-12 mil). A taxa de participação passou de 58,8%, em agosto de 2010, para os atuais 56,9%.

Nos últimos 12 meses, o número de ocupados ficou relativamente estável (+0,2%), passando de 1.591 mil para 1.594 mil pessoas. Entre os setores de atividade econômica, houve crescimento no Comércio (18 mil ou 7,3%), no agregado Outros Setores, que inclui os Serviços Domésticos e Outras Atividades (17 mil ou 13,1%), na Construção Civil (13 mil ou 11,3%) e na Indústria (3 mil ou 2,3%). Houve decréscimo apenas no setor de Serviços (-48 mil ou -5,0%).