Em agosto de 2011, o comércio varejista da Bahia apresentou expansão de 10,0% no volume de vendas em relação a igual mês de 2010, resultado abaixo da taxa apurada no mês de julho (10,8%). Na comparação com julho de 2011, a variação foi negativa em 2,13%.

Os dados foram apurados pela Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), realizada em âmbito nacional pelo IBGE, e divulgada, em parceria, pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria do Planejamento (Seplan).

O mês de agosto deste ano foi o oitavo consecutivo em que o comércio baiano apresentou resultado positivo, porém, foi o quinto menos expressivo. A comemoração do Dia dos Pais foi um dos fatores que contribuíram para impulsionar as vendas.

Melhor desempenho

“A pesquisa tem constatado que nos meses em que há datas comemorativas o setor registra seus melhores desempenhos. Segundo os sindicatos dos lojistas, as vendas dos dias dos pais na Bahia cresceram 10% em 2011”, aponta Lucas Lima, técnico da SEI. De acordo com os lojistas, roupas, sapatos e vinhos foram os presentes mais procurados. Também se constatou um aumento pela procura de aparelhos celulares e smartphones.

As variações positivas registradas nos últimos 12 meses (setembro de 2010 a agosto de 2011) levaram o comércio baiano a uma expansão de 9,3%, ao passo que no acumulado dos primeiros oito meses deste ano, a variação do volume de vendas situou-se em 9,1%.

No mês em análise, os dados do comércio varejista do estado da Bahia, quando comparados com os de igual mês de 2010, indicam que sete ramos apresentaram resultados positivos no volume de vendas e uma atividade apresentou variação negativa: Livros, jornais, revistas e papelaria (32,7%); Móveis e eletrodomésticos (25,0%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (11,3%); Tecidos, vestuário e calçados (11,0%); Combustíveis e lubrificantes (9,3%); Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (4,8%); Outros artigos de uso pessoal e doméstico (3,4%); e Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (49,7%).

Os ramos que não integram o indicador do varejo obtiveram os seguintes resultados quanto à variação do volume de vendas no mês em questão: Material de Construção (5,4%) e Veículos, motocicletas, partes e peças (-0,9%).

Aumento de emprego

Neste ano, um conjunto de fatores vem sustentando os resultados favoráveis do comércio varejista, dentre os quais destacam-se a expansão do crédito para financiamentos, a ampliação dos prazos de parcelamento, a melhoria de rendimentos dos consumidores, essencialmente daqueles de menor poder aquisitivo e, principalmente, o aumento do emprego formal no estado.

É importante destacar que, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), de janeiro a agosto de 2011, o segmento varejista apresentou um saldo de emprego de 6.077 postos de trabalho, o que corresponde a 75,7% do total do saldo do setor do Comércio na Bahia.

O aumento das vendas e do emprego no comércio varejista não se apresenta como novidade, uma vez que a Pesquisa de Confiança do Empresariado Baiano, cujo objetivo é captar o nível de expectativas dos agentes econômicos no Estado da Bahia, já apontava, em julho, otimismo dos empresários do setor quanto a estes dois aspectos.