De acordo com os resultados da Pesquisa Industrial Mensal, realizada pelo IBGE e divulgada em parceria pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria do Planejamento, a produção industrial baiana apresentou, em agosto de 2011, recuo de 1,9% na comparação com o mês de julho. Também foram de queda a comparação com agosto de 2010 (-1,5%) e o resultado acumulado no ano (-4,2%). No acumulado dos últimos 12 meses, a redução na produção da indústria baiana é de 3,6%.

Entre julho e agosto de 2011, a produção industrial caiu em 10 dos 14 locais pesquisados pelo IBGE. Goiás (-6,6%) e Espírito Santo (-6,4%) apontaram os recuos mais acentuados. Os demais locais que registraram redução na produção acima da média nacional (-0,2%) foram Amazonas (-4,5%), Pernambuco (-3,0%), Bahia (-1,9%), Rio Grande do Sul (-1,5%), Pará (-1,2%), Minas Gerais (-1,1%) e região Nordeste (-0,9%).

São Paulo, parque industrial mais diversificado do país e de maior peso na estrutura da indústria, apontou variação negativa de 0,1%. Com aumento na produção figuraram Paraná (7,0%), Rio de Janeiro (4,3%), Santa Catarina (1,9%) e Ceará (1,5%).

Na Bahia, no confronto com julho de 2011, os segmentos que apresentaram as maiores quedas de produção foram minerais não metálicos (-8,2%), veículos automotores (-5,1%), borracha e plástico (-4,9%) e alimentos e bebidas (-3,7) e produtos químicos (-2,1%). O maior crescimento foi no ramos da metalurgia básica (13,9%), seguido de celulose, papel e produtos de papel (7,2%) e refino de petróleo e álcool (3,0%).

Na comparação com agosto de 2010, a redução de 1,5% é atribuída, principalmente, ao recuo do setor de metalurgia (-23,5%), pressionada em grande parte pela redução na produção de alumínio e vergalhões de cobre, e de refino de petróleo e produção de álcool (-5,3%), devido a menor fabricação gasolina automotiva e GLP. Os segmentos que apresentaram as principais contribuições positivas foram alimentos e bebidas (13,8%) e celulose (3,5%).

No acumulado de 2011, comparado com o mesmo período do ano anterior, a taxa da produção industrial baiana registrou decréscimo de 4,2%. Quatro dos oito segmentos da indústria de transformação apresentaram redução no período, com destaque para produtos químicos (-11,4%), pressionado pela queda na produção de etileno e polipropileno, refino de petróleo e produção de álcool (-6,1%), resultado do recuo do processamento de óleo diesel e naftas para petroquímica, e metalurgia básica (-13,4%), por conta da redução na produção de alumínio e ouro. Positivamente, destacam-se alimentos e bebidas (12,3%) e minerais não metálicos (8,2%).

No índice acumulado nos últimos 12 meses, comparado com o mesmo período anterior, a taxa da produção industrial baiana recuou 3,6%. Os segmentos produtos químicos (-12,2%), metalurgia básica (-9,9%) e refino de petróleo (-3,1%) registraram decréscimo no período. As principais contribuições positivas vieram dos segmentos de alimentos e bebidas (11,3%) e minerais não metálicos (7,2%).