A taxa de desemprego na Região Metropolitana de Salvador (RMS) durante o mês de setembro ficou em 15,8% da População Economicamente Ativa (PEA), valor ligeiramente superior ao de agosto (15,6%).

A informação é da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), realizada pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria do Planejamento (Seplan), em parceria com Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Seade e Setre.

Apesar do leve incremento na comparação mensal, essa é a menor taxa de desemprego registrada para os meses de setembro ao longo da série da Pesquisa de Emprego e Desemprego da Região Metropolitana de Salvador (PEDRMS), iniciada em dezembro de 1996.

No período, o contingente de desempregados foi estimado em 300 mil pessoas, 5 mil a mais que no mês anterior. Esse resultado deveu-se a criação de 3 mil postos de trabalho na região, número insuficiente para absorver as pessoas que ingressaram na PEA (8 mil).

No mês em análise, a taxa de participação, indicador que estabelece a proporção de pessoas com 10 anos ou mais presentes no mercado de trabalho como ocupadas ou desempregadas, passou de 56,9% para 57,0%. O contingente de ocupados foi estimado em 1.597 mil pessoas, mantendo-se praticamente estável em relação ao mês anterior (+3 mil).

O setor que mais gerou novos postos foi o da construção civil (9 mil ou 7,0%), seguido do comércio (5 mil ou 1,9%) e do agregado outros setores, que inclui serviços domésticos e outras atividades (3 mil ou 2,0%). O saldo foi negativo nos serviços (-8 mil ou -0,9%) e na indústria (-6 mil ou -4,4%).

No mês de agosto, o rendimento médio real diminuiu para os ocupados (-2,3%) e para os assalariados (-1,9%). Os valores desses rendimentos foram estimados em R$ 1.003 e R$ 1.100, respectivamente.

Situação estável nas sete regiões metropolitanas investigadas

No conjunto das sete regiões metropolitanas onde a PED é realizada, que inclui São Paulo, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Fortaleza, Distrito Federal e Porto Alegre, o contingente de desempregados foi estimado em 2.362 mil pessoas, 52 mil a menos do que no mês anterior. Pelo sexto mês consecutivo, a taxa de desemprego manteve-se relativamente estável, ao passar de 10,9%, em agosto, para os atuais 10,6%.

No mês, o nível de ocupação aumentou 0,9%. A geração de 182 mil ocupações superou o número de pessoas que ingressou no mercado de trabalho metropolitano (130 mil), resultando na redução do contingente de desempregados em 52 mil pessoas. O total de ocupados, nas sete regiões investigadas, foi estimado em 19.974 mil pessoas, e a PEA, em 22.336 mil.

A taxa de desemprego diminuiu nas Regiões Metropolitanas de São Paulo (-5,4%) e Belo Horizonte (-4,5%), passando respectivamente a 10,6% e 6,4% da PEA. Nas demais regiões, Fortaleza (-1,1%), Porto Alegre (0,0%), Recife (0,7%), Salvador (1,3%) e no Distrito Federal (1,6%), houve relativa estabilidade, com as respectivas taxas de 8,9%, 7,7%, 13,9%, 15,8% e 12,5%.

Já o nível de ocupação aumentou em Recife (1,5%), Porto Alegre (1,3%), São Paulo (1,1%) e, em menor proporção, em Fortaleza (0,6%) e Belo Horizonte (0,6%), e permaneceu relativamente estável em Salvador (0,2%) e no Distrito Federal (0,2%).

Segundo setores de atividade, no conjunto das regiões, o nível ocupacional aumentou nos serviços (geração de 84 mil postos de trabalho, ou 0,8%), na indústria (73 mil, ou 2,5%), no comércio (20 mil, ou 0,6%) e na construção civil (9 mil, ou 0,7%) e manteve-se em relativa estabilidade no agregado outros setores (4 mil postos de trabalho a menos, ou -0,3%).