O Parque de Exposições de Salvador, na Avenida Paralela, será transformado num dos maiores complexos de eventos do Brasil: o Parque do Campo e da Música. Este é o consenso firmado entre o governo da Bahia, através da Secretaria da Agricultura (Seagri), as associações de criadores e os representantes do segmento da música. 

Na segunda-feira (10), em reunião no gabinete da Seagri, no Centro Administrativo, foi criada uma comissão tripartite, formada por três representantes de cada segmento envolvido, com a missão de levantar as necessidades técnicas de cada setor e elaborar o anteprojeto.

Para o presidente da Associação dos Produtores de Axé (APA), André Luiz Simões, esse entendimento representa um avanço muito importante. “Estamos caminhando para ter o Parque do Campo e da Música, moderno, com sustentabilidade, otimizando os custos de realização dos eventos”.

Segundo o secretário da Agricultura, Eduardo Salles, a reunião foi mais uma etapa do processo que vem sendo construído há algum tempo. Desde o ano passado que o assunto vem sendo debatido em vários encontros. “Anteriormente, por solicitação do presidente da Federação da Agricultura do Estado da Bahia (Faeb), João Martins, o governador Jaques Wagner recebeu em audiência os representantes das associações de criadores e atendeu os pleitos apresentados por eles, de que o nome no parque não será mudado e que os eventos da pecuária continuarão sendo ali realizados. Esse consenso faz com que os segmentos da música e da agropecuária tenham espaços em comum”.

Salles afirmou que não seria justo um segmento como a música baiana, de tradição mundial, não ter um espaço. “Mas também não seria justo que a agropecuária, setor responsável por 24% do PIB do estado, ficasse sem o seu. A pecuária e a música podem conviver em perfeita harmonia”.

Manifesto de interesse privado

O secretário explicou que o passo seguinte, depois da formação da comissão tripartite e da elaboração do anteprojeto, será discutir com a Secretaria do Planejamento (Seplan) a definição de um manifesto de interesse privado, como foi feito com a Arena Fonte Nova e a mobilidade urbana de Salvador.

A proposta de Salles é no sentido de que no parque haja uma área reservada para um centro administrativo, com instalações da Adab, EBDA, Bahia Pesca e CDA, permitindo que os agropecuaristas acessem os serviços num só lugar. Além disso, todas as associações de criadores devem ter suas sedes ali.

As necessidades de cada setor serão discutidas em reunião da comissão tripartite, marcada para o dia 19 deste mês, às 16h, na sede da Abac, no Parque de Exposições de Salvador.